Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirma para o próximo dia 23 a visita ao Brasil de uma missão de veterinários russos. Roteiro ainda não está definido, adianta o chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sipoa) em Mato Grosso, Leandro Machado. Mas como o objetivo é vistoriar as condições sanitárias dos estabelecimentos exportadores de carne, a expectativa é que o Estado, assim como Paraná e Rio Grande do Sul, sejam visitados no período de duas semanas em que os técnicos estarão no Brasil.
Nestes 3 estados, as plantas aptas à comercialização com aquele país foram embargadas há quase 1 ano (15 de julho de 2011). Na época, o veto à exportação envolveu cerca de 20 unidades em Mato Grosso, sendo 16 de carne bovina e 4 de suína e outras 66 no Paraná e Rio Grande do Sul. Levantamento realizado pelo Sindicato das Indústrias Frigoríficos em Mato Grosso (Sindifrigo), com base nos números divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) mostra que as exportações matogrossenses da carne bovina permaneceram estáveis no acumulado de janeiro a maio deste ano, em comparação com o mesmo período de 2011.
Até maio, o volume de embarques totalizou 70,468 mil toneladas, gerando receita de US$ 329,012 milhões. Em quantidade, o resultado foi 0,05% superior ao registrado em igual período de 2011, quando foram exportadas 70,427 mil (t). Em receita, a variação foi de 0,89%, com US$ 326,078 milhões. Diretor do Sindifrigo, Paulo Bellincanta, lembra que há 1 ano as indústrias frigoríficas vêm reivindicando intervenção do governo para mudança do veto russo. “Eles alegaram problemas sanitários, mas isso não procede”. Bellincanta diz que a Rússia é o principal destino da carne bovina brasileira, absorvendo cerca de 40% das exportações do produto.
Para suinocultura o embargo trouxe prejuízos ainda maiores, comenta o diretor da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Custódio Rodrigues. “Nossa exportação caiu 56% nesse ano em comparação com 2011”.
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