Por Andre Sulluchuco
As lideranças da agropecuária paranaense e o Governo do Estado estão preocupados com a perda de espaço da pecuária de corte para as lavouras de soja, cana-de-açúcar e madeira. Muitas sugestões para a reversão desse quadro foram debatidas na reunião do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa) realizada na última segunda-feira. A informação é do siteDiariodosCampos.com.br.
O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, defendeu a necessidade de trabalhar iniciativas de organização da cadeia da pecuária de corte. Ele concordou com a proposta do Sindicarnes para criar uma câmara técnica permanente para propor ações para o setor.
O diretor da Sociedade Rural do Paraná, Luigi Carrér Filho, disse que o Paraná já foi um grande exportador de material genético, mas perdeu espaço nesse setor. O reflexo desse cenário, segundo ele, é sentido na movimentação das feiras agropecuárias. Ele citou como exemplo a ExpoLondrina, onde o resultado das vendas em leilão caiu da média de R$ 17 milhões, mantida desde 2003, para R$ 12 milhões neste ano.
O representante da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Ronei Volpi, disse que a instituição busca convencer os pecuaristas paranaenses a trabalharem com a produção de carnes da mesma forma que trabalham com a produção de grãos, pensando nos níveis médios de preço.
“Antes, a gente tinha mercado que pagava melhor na Europa. Hoje, temos o mercado interno que paga melhor, mas também exige qualidade na produção”, justificou.
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