Exportação de carne bovina para mercados com população muçulmana cresceu 76% em dez anos. Vendas atingiram US$ 1,5 bilhão em 2012, totalizando mais de 367 mil toneladas
O Brasil vem batendo uma série de recordes de exportação de carne bovina nos últimos anos, resultado da abertura de novos mercados e crescimento da demanda global pelo produto. Uma região que tem ganhado cada vez mais importância para os frigoríficos brasileiros é o dos países muçulmanos, que inclui o Oriente Médio, sudeste asiático e norte da África.
Para debater sobre as oportunidades de desenvolvimento deste mercado, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), em parceria com a Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (FAMBRAS) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX-Brasil), realiza hoje o Workshop halal Brasil em Brasília (DF).
O evento conta com a presença do presidente da ABIEC, Antônio Jorge Camardelli, do presidente da FAMBRAS, Mohamed Hussein El Zoghbi, do presidente da Apex Brasil, Maurício Borges, além de representantes e convidados de países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e outros países muçulmanos e debaterá os procedimentos para abate halal, que definem quais alimentos são permitidos para o consumo, seguindo os preceitos e normas ditadas pelo Alcorão – livro sagrado da religião islâmica.
“Com aproximadamente 1,6 bilhão de muçulmanos no mundo, o mercado de carne Halal tem um potencial muito grande de crescimento, tendo em vista que, nos últimos dez anos, registrou um crescimento de 447% em faturamento e 76% em volume”, afirma Camardelli.
“O Workshop pretende alinhar, da melhor forma possível, os procedimentos exigidos para emissão do certificado Halal, e assim facilitar o comércio com os países que fazem este tipo de exigência para importação de carne bovina. Atualmente o Brasil já exporta aproximadamente US$ 1,5 bilhão ao ano para os países de maioria muçulmana do Oriente Médio, Ásia e Norte da África, e a realização do Workshop na Apex-Brasil dá força e credibilidade ao setor para realizar essas negociações”, explica o presidente da Apex-Brasil, Mauricio Borges.
Em 2012 a exportação brasileira de carne bovina para países de maioria muçulmana totalizou mais de 367 mil toneladas. “Cerca de um terço de toda a carne bovina exportada pelo Brasil em 2012 foi destinada para os mais de 38 países de maioria muçulmana”, explica o presidente da ABIEC.
Confira abaixo a lista dos países que mais importaram carne Halal brasileira:
“O objetivo deste evento é propormos regras claras e definidas para que o procedimento Halal seja unificado, dentro das corretas determinações do Alcorão Sagrado e da Jurisprudência Islâmica. Esta definição trará, cada vez mais, credibilidade e aceitação plena em todo o mercado islâmico mundial” explica o presidente da Fambras.
O que é abate halal?
No alcorão, o termo halal exprime valor lícito a alguma coisa. No caso dos alimentos, a adoção deste procedimento para abate determina se uma comida é autorizada pelas leis muçulmanas. Um abate halal cumpre as seguintes condições:
· Para serem abatidos, os animais devem estar saudáveis e aprovados pelas autoridades sanitárias competentes;
· O abate será executado somente por muçulmano mentalmente sadio e que entenda totalmente o fundamento das regras e condições relacionadas com o abate de animais no Islã;
· A frase “Em nome de Deus, Deus é maior!” (Bismillah Allahu Akbar) tem de ser invocada imediatamente antes do abate;
· Os equipamentos e utensílios utilizados são exclusivos para o tipo de degola;
· A faca do abate deverá ser afiada;
· A sangria deverá ser feita apenas uma vez. A ação cortante do abate é permitida já que as facas não são descoladas do animal, procurando reduzir o sofrimento infringido;
· O ato do abate cortará a traqueia, o esôfago e ambas as artérias e a veia jugular para apressar o sangramento e a morte do animal;
· O esgotamento do sangue deverá ser espontâneo e completo;
· Inspetor muçulmano treinado será indicado e responsabilizado para checar se os animais são abatidos corretamente de acordo com as leis Shariah (código moral e religioso do Islã).
O Brasil vem batendo uma série de recordes de exportação de carne bovina nos últimos anos, resultado da abertura de novos mercados e crescimento da demanda global pelo produto. Uma região que tem ganhado cada vez mais importância para os frigoríficos brasileiros é o dos países muçulmanos, que inclui o Oriente Médio, sudeste asiático e norte da África.
Para debater sobre as oportunidades de desenvolvimento deste mercado, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), em parceria com a Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (FAMBRAS) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX-Brasil), realiza hoje o Workshop halal Brasil em Brasília (DF).
O evento conta com a presença do presidente da ABIEC, Antônio Jorge Camardelli, do presidente da FAMBRAS, Mohamed Hussein El Zoghbi, do presidente da Apex Brasil, Maurício Borges, além de representantes e convidados de países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e outros países muçulmanos e debaterá os procedimentos para abate halal, que definem quais alimentos são permitidos para o consumo, seguindo os preceitos e normas ditadas pelo Alcorão – livro sagrado da religião islâmica.
“Com aproximadamente 1,6 bilhão de muçulmanos no mundo, o mercado de carne Halal tem um potencial muito grande de crescimento, tendo em vista que, nos últimos dez anos, registrou um crescimento de 447% em faturamento e 76% em volume”, afirma Camardelli.
“O Workshop pretende alinhar, da melhor forma possível, os procedimentos exigidos para emissão do certificado Halal, e assim facilitar o comércio com os países que fazem este tipo de exigência para importação de carne bovina. Atualmente o Brasil já exporta aproximadamente US$ 1,5 bilhão ao ano para os países de maioria muçulmana do Oriente Médio, Ásia e Norte da África, e a realização do Workshop na Apex-Brasil dá força e credibilidade ao setor para realizar essas negociações”, explica o presidente da Apex-Brasil, Mauricio Borges.
Em 2012 a exportação brasileira de carne bovina para países de maioria muçulmana totalizou mais de 367 mil toneladas. “Cerca de um terço de toda a carne bovina exportada pelo Brasil em 2012 foi destinada para os mais de 38 países de maioria muçulmana”, explica o presidente da ABIEC.
Confira abaixo a lista dos países que mais importaram carne Halal brasileira:
PAISES | Faturamento US$(2012) | Toneladas exportadas (2012) |
Egito | 551.655.366,57 | 139.724,59 |
Irã | 320.339.349,67 | 67.017,80 |
Arábia Saudita | 166.718.747,12 | 36.374,68 |
Líbano | 82.788.877,21 | 15.251,22 |
Líbia | 78.745.318,80 | 18.833,94 |
Angola | 73.066.812,70 | 19.073,70 |
Emirados Árabes Unidos | 70.499.424,09 | 12.254,30 |
Jordânia | 62.887.536,42 | 13.989,34 |
Argélia | 60.193.760,30 | 12.154,83 |
Kuwait | 29.075.105,97 | 6.819,56 |
“O objetivo deste evento é propormos regras claras e definidas para que o procedimento Halal seja unificado, dentro das corretas determinações do Alcorão Sagrado e da Jurisprudência Islâmica. Esta definição trará, cada vez mais, credibilidade e aceitação plena em todo o mercado islâmico mundial” explica o presidente da Fambras.
O que é abate halal?
No alcorão, o termo halal exprime valor lícito a alguma coisa. No caso dos alimentos, a adoção deste procedimento para abate determina se uma comida é autorizada pelas leis muçulmanas. Um abate halal cumpre as seguintes condições:
· Para serem abatidos, os animais devem estar saudáveis e aprovados pelas autoridades sanitárias competentes;
· O abate será executado somente por muçulmano mentalmente sadio e que entenda totalmente o fundamento das regras e condições relacionadas com o abate de animais no Islã;
· A frase “Em nome de Deus, Deus é maior!” (Bismillah Allahu Akbar) tem de ser invocada imediatamente antes do abate;
· Os equipamentos e utensílios utilizados são exclusivos para o tipo de degola;
· A faca do abate deverá ser afiada;
· A sangria deverá ser feita apenas uma vez. A ação cortante do abate é permitida já que as facas não são descoladas do animal, procurando reduzir o sofrimento infringido;
· O ato do abate cortará a traqueia, o esôfago e ambas as artérias e a veia jugular para apressar o sangramento e a morte do animal;
· O esgotamento do sangue deverá ser espontâneo e completo;
· Inspetor muçulmano treinado será indicado e responsabilizado para checar se os animais são abatidos corretamente de acordo com as leis Shariah (código moral e religioso do Islã).
fonte: Agrolink com informações de assessoria
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