A Argentina, pelo segundo ano seguido, ficou fora do top 10 dos exportadores de carne, produto do qual os argentinos se orgulham e consideram um dos mais destacados emblemas nacionais. A Argentina atualmente é o 11º país em exportação de carne.
Por trás do desaparecimento da Argentina no ranking dos top ten de exportadores bovinos está a decisão do governo da presidente Cristina Kirchner de restringir desde 2006 as vendas de carne bovina ao exterior, praticamente impedindo as exportações por meio de um sistema de cotas e licenças internacionais. O objetivo era redirecionar a carne ao mercado interno e provocar a queda de preços do produto, o preferido no cotidiano gastronômico dos habitantes do país.
No entanto, a restrição às exportações, além de provocar a perda de mercados no exterior , também reduziu o estoque bovino argentino, que perdeu 10 milhões de cabeças. Desestimulados, milhares de produtores passaram a cultivar soja.
As restrições tampouco conseguiram reduzir o preço no mercado interno, já que, segundo o Instituto de Promoção da Carne Bovina Argentina (IPCVA), entre outubro de 2010 e setembro deste ano a alta foi de até 62,5%.
Desde o início das restrições, em 2006, 130 frigoríficos tiveram de fechar suas portas, provocando a demissão de 16 mil trabalhadores. Outras 190 mil pessoas vinculadas ao setor foram atingidas indiretamente.
Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint
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