terça-feira, 8 de abril de 2014

Bahia exporta búfalos para a Venezuela

A Bahia é destaque nacional na produção de búfalos da raça Murrah e o mercado está em franco crescimento no consumo de derivados de leite de búfala. Um exemplo é a recente exportação de 252 bubalinos matrizes, de origem indiana e genética leiteira, para a Venezuela. Desde o dia 26 de março, quando saíram da propriedade de origem em Alagoinhas, os animais se encontram em quarentena no município de Campo Florido, em Minas Gerais, de onde partirão pelo Porto de Santos para a Venezuela.

“A exportação é resultado do esforço e trabalho dedicado para o melhoramento genético de búfalos da raça Murrah na Bahia e a bubalinocultura gera cada vez mais emprego e renda para as regiões produtoras e, consequentemente, para o Estado”, ressaltou o secretário estadual da Agricultura, Jairo Carneiro. Com a finalidade de melhorar a qualidade do leite produzido e consumido, o governo da Venezuela comprou 2 mil animais do Brasil, sendo da Bahia 221 fêmeas e 31 machos bubalinos com idade de até 36 meses.

O criador, produtor de leite e empresário do Laticínio Natal, Urbano Antônio de Souza Filho, da Fazenda Govinda, em Alagoinhas, é proprietário de uma das cinco indústrias de processamento de leite de búfala com inspeção estadual na Bahia. “Contribuí com 12,6% do rebanho adquirido devido ao melhoramento genético da raça na Bahia. Aplico todas as vacinas e sou um produtor preocupado em salvaguardar a sanidade dos bubalinos para manter a qualidade genética e produção de leite, que possui metade do colesterol e calorias em relação ao leite de vaca, mantendo a categoria de maior valor nutricional”, esclarece o criador baiano, Urbano de Souza Filho.

Para garantir a segurança e o controle sanitário dos animais, o criador apresentou a Guia de Trânsito Animal (GTA) emitida exclusivamente pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), além de passar pela quarentena, fazendo cumprir o trâmite legal de exportação de animais. O diretor-geral da Adab, Paulo Emílio Torres, explica que o interesse de outros países pelo rebanho baiano se deve ao reconhecimento internacional do Estado como Livre de Febre Aftosa com vacinação e por possuir um programa efetivo de controle de enfermidades que acometem os bovinos e bubalinos, a exemplo da Brucelose e Tuberculose.

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