Entre os destaques do simpósio, o debate sobre a importância do pecuarista buscar uma carne macia, de maior valor agregado. O professor doutor do departamento de tecnologia de alimentos da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Lúcio Alberto Gomide, veio especialmente para tratar do assunto.
Em entrevista à Folha, ele comentou que o Brasil é o principal exportador, mas por questão de qualidade inferior, o produto final vale um terço da carne europeia e australiana, por exemplo. Um dos pontos chaves para o incremento de qualidade, segundo Gomide, é a redução da idade de abate. "Essa questão está ligada à melhoria genética e também ao sistema de criação. O confinamento, mesmo se for consorciado com pasto, é importante para reduzir a idade de abate e fazer com que o animal deposite um pouco mais de gordura", relatou ele.
Em relação ao comportamento dos pecuaristas para melhoria da qualidade, o pesquisador não titubeou: ainda falta profissionalismo. "Precisamos sair daquele pensamento tradicional que gado é sinal de poder. É preciso criar os animais em sistemas mais eficientes, em que os animais não sofram tanto com variação de temperatura, ganhando peso sempre. Assim, se produzir mais animais na mesma área, há aumento da rentabilidade."
E não é apenas o produtor que pode realizar mudanças para o incremento da maciez e qualidade do produto. Os frigoríficos também podem usar métodos de melhoria, como alterar o tipo de pendura e até estimulação elétrica das carcaças. "O Brasil tem potencial para uma melhora interessante, mas isso vem sendo discutido há décadas e a situação continua a mesma. Se o País quiser atingir novo patamar, competindo com as melhores carnes do mundo, vai ter que passar por mudanças. Problemas já tradicionais, como a febre aftosa e falta de rastreabilidade do produto precisam ser solucionados rapidamente." (V.L.)
Em entrevista à Folha, ele comentou que o Brasil é o principal exportador, mas por questão de qualidade inferior, o produto final vale um terço da carne europeia e australiana, por exemplo. Um dos pontos chaves para o incremento de qualidade, segundo Gomide, é a redução da idade de abate. "Essa questão está ligada à melhoria genética e também ao sistema de criação. O confinamento, mesmo se for consorciado com pasto, é importante para reduzir a idade de abate e fazer com que o animal deposite um pouco mais de gordura", relatou ele.
Em relação ao comportamento dos pecuaristas para melhoria da qualidade, o pesquisador não titubeou: ainda falta profissionalismo. "Precisamos sair daquele pensamento tradicional que gado é sinal de poder. É preciso criar os animais em sistemas mais eficientes, em que os animais não sofram tanto com variação de temperatura, ganhando peso sempre. Assim, se produzir mais animais na mesma área, há aumento da rentabilidade."
E não é apenas o produtor que pode realizar mudanças para o incremento da maciez e qualidade do produto. Os frigoríficos também podem usar métodos de melhoria, como alterar o tipo de pendura e até estimulação elétrica das carcaças. "O Brasil tem potencial para uma melhora interessante, mas isso vem sendo discutido há décadas e a situação continua a mesma. Se o País quiser atingir novo patamar, competindo com as melhores carnes do mundo, vai ter que passar por mudanças. Problemas já tradicionais, como a febre aftosa e falta de rastreabilidade do produto precisam ser solucionados rapidamente." (V.L.)
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