Análise foi feita no lançamento da etapa de MS do Circuito Expocorte.
Para fazer sucessores, produtor deve fazer reengenharia no negócio
Em um período de 15 a 20 anos, por conta da falta de sucessores e por opção econômica, cerca de 30% das propriedades rurais brasileiras devem mudar de mãos. A disponibilização dessas áreas no mercado vai provocar uma verdadeira revolução no agronegócio do país, que tem de começar a se preparar para lidar com esse panorama e ainda com a pressão por melhorar sua qualidade, ampliar sua preocupação ambiental e com a redução da oferta de mão de obra.
Segundo Vila, para que o produtor rural brasileiro mostre a seus filhos e netos que sua propriedade rural pode ser um bom negócio, fazendo com que se tornem seus sucessores em vez de abandonar o campo, é preciso que ele faça uma reengenharia em seu empreendimento rural.A avaliação da perspectiva futura do agronegócio brasileiro foi feita na manhã desta quinta-feira (26), na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul(Famasul), em Campo Grande, no lançamento da etapa estadual do Circuito Expocorte. O autor foi o consultor em gestão de projetos para a pecuária de corte da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Francisco Custodio Vila. Ele responde também pela coordenação de conteúdo do evento.
“No passado a disponibilidade de terra era a principal questão para a agricultura e a pecuária. Hoje a terra se tornou um importante ativo, mas também existem fatores econômicos, sociais e ambientais. Devemos produzir mais, com a mesma ou até com a redução de áreas e, para isso, a incorporação de tecnologias ao processo produtivo é fundamental”, avaliou.
Neste contexto de transformações, para preparar o pecuarista para este novo cenário, é que Vila comenta que está sendo realizado o Circuito Expocorte, evento que com cinco etapas realizadas nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Roraima, Tocantins e Minas Gerais, quer levar tecnologia e discussão para polos de produção pecuária.
Em Mato Grosso do Sul, o evento será realizado no Centro de Convenções Albano Franco, entre os dias 30 e 31 de julho. Segundo o coordenador do circuito, Moacyr Seródio, além de uma programação básica realizada em todas as etapas que discutirá temas como cenários e tendências do mercado, desafios da cadeia produtiva, gestão, sucessão, mão de obra, aspectos jurídicos, genética, nutrição e pastagens, o evento contará também com debates de questões locais, como, por exemplo, a implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), entre outras.
“O evento é focado no negócio, porque o produtor tendo informações sobre como gerenciar melhor seu negócio, vai ter ferramentas para buscar a inovação e a tecnologia, que são fundamentais para que ele permaneça e evolua na atividade”, comenta Seródio.
O secretário estadual de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur), Paulo Engel, destacou durante o evento a importância da pecuária para o crescimento de Mato Grosso do Sul e lembrou de iniciativas de sucesso no desenvolvimento da atividade, como o projeto novilho precoce, que conseguiu reduzir o tempo médio de abate dos animais.
Por sua vez, o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, lembrou que a pecuária é um legado do agronegócio para Mato Grosso do Sul, pela importância que teve e tem no crescimento do local, mas ressaltou que os produtores não podem abrir mão dos investimentos em inovação e tecnologia, para assegurarem que a atividade esteja sempre na vanguarda entre as cadeias produtivas do estado e do país.
fonte: G1
fonte: G1
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