Começamos há duas semanas, no dia 11 de junho, uma enquete sobre qual será o preço do boi gordo SP nos meses junho-julho-agosto-setembro-outubro de 2014? Até segunda-feira recebemos mais de 270 respostas de 21 estados do Brasil. Confira os resultados.
Vale lembrar que ao publicar essa enquete, nos baseamos nos valores dos preços do mercado futuro de cada mês, criamos uma série de faixas acima e abaixo desse valor, para os meses de junho-julho-agosto-setembro-outubro.
Gráfico 1. Qual sua sensação / sentimento para o preço do boi gordo no final de junho de 2014 (preço em SP)?
Para junho de 2014, a expectativa foi de manutenção da arroba nos patamares de hoje, entre R$120 e R$124 com 48% das respostas (133 respostas). Com 27% de escolha, 76 leitores acreditam que a arroba tem espaço para subir e ficar entre R$125 e R$130. Observa-se que 31% dos leitores indicaram uma faixa de preço acima do que apontava hoje o indicador do mês de junho, de R$ 122,13/@.
Gráfico 2. Qual sua sensação / sentimento para o preço do boi gordo no final de julho de 2014 (preço em SP)?
As perspectivas para julho são de alta comparadas às de junho. A faixa do valor da arroba escolhida pela maioria foi a de R$125 a R$129, 36% (ou seja 99 respostas), vale ressaltar que uma parcela considerável também acredita que o preço irá se manter em entre R$120 e R$124 – assim como o mês de junho- 29% (ou 81 respostas) prevêm essa faixa de preço. Vale ressaltar que 53% dos leitores apontaram uma faixa de preço acima da que indica o contrato futuro desse mês. Hoje o contrato de julho vale R$123,81/@.
Gráfico 3. Qual sua sensação / sentimento para o preço do boi gordo no final de agosto de 2014 (preço em SP)?
As expectativas dos leitores para agosto são que 39% (ou 106 respostas) acreditam em uma faixa de preço da arroba nos patamares de R$125 e R$129. Hoje o contrato futuro do boi gordo para agosto foi negociado a R$125,10/@, ou seja, 25% dos leitores esperam uma faixa de preço mais alta que o valor atual do contrato.
Gráfico 4. Qual sua sensação / sentimento para o preço do boi gordo no final de setembro de 2014 (preço em SP)?
As perspectivas para agosto se mantém em setembro, ou seja a faixa do valor da arroba escolhida pela maioria foi a de R$125 a R$129, 38% (ou 105 respostas). O sentimento de 34% dos leitores para o mês de setembro foi acima da faixa apontada hoje pelo contrato futuro para o mês de setembro que foi negociado a R$ 126,05/@.
Gráfico 5. Qual sua sensação / sentimento para o preço do boi gordo no final de outubro de 2014 (preço em SP)?
A expectativa para outubro é de alta comparada à dos meses anteriores. A faixa do valor da arroba escolhida pela maioria foi a de R$130 a R$134, 38% (107 respostas). Hoje o contrato futuro para o mês de outubro foi negociado a R$ 127,77, valor abaixo da expectativa de 58% dos leitores.
Comentário BeefPoint sobre a enquete: Interessante notar que há bastante gente otimista em relação aos preços do boi gordo para os próximos meses. Há muita gente que acredita que os preços da arroba do boi gordo subirão em relação aos valores hoje negociados no mercado futuro.
Veja a opinião dos leitores
O preço vai oscilar em função da entressafra, a escassez e oferta dos confinamentos, além da oscilação do valor do dólar. Jair da Costa de Gurupi-TO.
Acho que haverá uma variação de preço enorme entre Pará e São Paulo, afinal as boiadas começarão sair agora no Pará, pois as estradas estavam intransitáveis e agora haverá um fluxo de saída muito grande de bois e o preço vai despencar tanto que já está em R$ 110,00, 30 dias e R$ 108,00 à vista para embarque em exportação no navio. Creio que no fim de julho estará entre 96,00 e R$ 100,00 ou menos ainda, pois houve muito represamento e acúmulo de boi no interior do PA e as exportadoras vão se aproveitar disso”. Eduardo Bonetti de Goianésia do Pará-PA.
O mercado poderá até diminuir a demanda, mas a oferta de boi terminado será bem menor e os confinamentos não sustentam o mercado interno e as exportações. José Carlos Teixira de Xinguara- PA.
Sou pecuarista em MT e GO e acho que tem muito pouco boi gordo e o custo do bezerro e insumos estão muito altos. Aparecido Dias.
Junho teve ligeira alta motivada pelo consumo dos eventos da copa do mundo. Julho ainda terá um pequeno reflexo do baixo estoque, porém agosto, setembro teremos uma “ressaca brava”, e uma queda históriaca em outubro. Osvaldo de Moraes.
Com a estiagem o boi de pasto retardou sua saída. O boi magro que está sendo confinado está bem no início, com poucas semanas de trato. Outros confinadores estão com seus espaços em aberto devido ao alto custo de reposição. Os insumos estão em alta, mas a demanda interna e externa está ótima, acredito que isso se mantenha até a eleição, porque o governo está disfarçando a verdadeira situação da economia, para não perder o poder. Marcos Rovesta.
A pecuária passou por anos difíceis com isso o pecuarista vendeu mais para pagar as contas. Com a lavoura entrando nas áreas de pastagem os grandes grupos e frigoríficos poderão não aguentar confinar. O boi perdeu pela metade seu poder de barganha, sem falar que desde 2009 só agora o boi corrigiu um pouco, acredito que mercadoria na entressafra vai ficar difícil demais e ano que vem pior. Silvio Busnardo de Novas Crixás-GO.
Irá haver escassez de bois terminados no mês de agosto e setembro, voltando a normalidade nos meses de outubro e novembro. Aloísio Otávio, de Unaí-MG.
Talvez este ano seja atípico, pelo advento da copa do mundo, e sem restrições à exportação de carne bovina brasileira, considero que em 2014 seja um ano muito satisfatório para o mercado. Gustavo Álvares de Machados-PE.
Vejo duas situações contraditórias: Uma pressão de alta em função do maior abate de matrizes nos últimos anos que se reflete em menor oferta no presente. Pelo lado da contenção dos preços temos: - economia brasileira em declínio, refletindo no poder aquisitivo; -pressão sobre o câmbio para conter a inflação; - concorrência com carnes de suínos e aves, que terão menor pressão de custos com alimentação. Jaime Bunge de São Paulo-SP.
Existe uma escassez muito grande de bois terminados no mercado, associado ao grande e elevado número de abate de fêmeas, portanto a arroba do boi alcançará bons preços. Claúdio José de Fernandópolis.
A pouca oferta segurou os preços para os produtores em níveis elevados neste período de safra, ao ponto de nos permitir acreditar em preços ainda melhores nos meses seguintes, na entressafra. Outro aspecto que deve ser observado é a fraca concorrência e a forte demanda frente ao preços de gôndola, permitindo, ainda, pequenos ajustes para os consumidores finais. Aparecido Pereira.
Com as chuvas que ocorreram no centro oeste brasileiro, os pecuaristas já estão segurando o boi porque suas invernadas estão todas verdes. E se o Brasil continuar indo bem na copa, haverá uma demanda forte e aí vai funcionar a lei da oferta e da procura. Após à copa, o movimento das eleições tende à aumentar, e consequentemente teremos mais dinheiro em circulação, aquecendo ainda mais o mercado. Daniel Bertonci de Arapongas-PR.
Se o preço da arroba estiver estável, até o mês de outubro, entrará em 2015 com preço relativamente igual ou em alta. Devido a estacionalidade do ano de 2014. Fernando de Sousa Pires de Gurupi-TO.
Não acredito em alta expressiva no preço do boi, já que nos dias de hoje praticamente não tem entressafra. O grande números de animais suplementados durante o inverno, seja, semi-confinado ou confinado, não faltam animais para abate e o número de confinamento cada dia é maior. O mercado consumidor é quem vai ditar as regras. Luiz Fernando, de Presidente Prudente-SP.
O preço da carne vai subir sob influência do capital derramado no período da copa e depois pelo dinheiro liberado durante as campanhas políticas, isso vai cegar a realidade do poder de compra antes limitado pelo valor do salário mínimo. A baixa percepção da realidade, pelo lado da população, e o alto custo do confinamento vão alavancar os preços, são fatores internos que justificarão os fatos. Adolfo Carneiro de Frutal-MG.
Em Rondônia o mercado de boi gordo caiu no mês passado, mas permanece estável, desde então. A oferta está restrita, e o produtor ainda consegue segurar os animais no pasto, pois houve bom volume de chuvas até o momento. O mercado de reposição teve aumento de 30% desde o começo do ano, batendo R$ 930-950, nesse mês, diminuindo o poder de troca do pecuarista. No ano de 2013 tivemos altos índices de abates de fêmeas, chegando a ser superior ao abate de machos no município de Novo Horizonte, a oferta segue restrita, pois as áreas ocupadas com bovinos vem perdendo espaço para agricultura em todo estado, como consequência o rebanho bovino diminuiu cerca de 100 mil cabeças comparado com o mesmo período do ano passado. Jasson Frank de Novo Horizonte do Oeste, Rondônia.
Comentário BeefPoint: Muito Obrigado a todos que participaram da Enquete BeefPoint, obrigado por contribuirem com sua percepção e ajudar a tornar a informação de mercado mais consistente.
fonte: Beefpoint
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