sexta-feira, 6 de maio de 2011

Arrendamento de confinamentos preocupam pecuaristas de MT


Arrendamento de unidades de confinamento por grandes empresas preocupa pecuaristas de Mato Grosso. Superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, alerta que grupos empresariais do setor estão locando as fazendas que realizam o sistema de confinamento para ter produção de gado em alta escala. Conforme ele, essa tendência é realizada em Goiás e em São Paulo e está chegando ao Estado.

"A Sadia, por exemplo, arrendou unidades que juntas têm capacidade de confinar até 20 mil animais por ano".

Para Vacari, a atitude das empresas pode prejudicar a concorrência do mercado. Ele explica que o potencial de animais criados confinados deve aumentar, por outro lado, se mal intencionadas os grupos podem manipular o mercado. Outra preocupação é com a disponibilidade de bezerros.

O superintendente da Acrimat informa que o aumento no abate de matrizes vai impactar no número de animais que poderiam ser criados em confinamento. A incerteza do bom desempenho do sistema também passa pela disponibilidades de insumos para a pecuária. Levantamento do Imea mostra que dos tipos utilizados para alimentação do rebanho confinado, já adquiridos pelo produtor, o volumoso (milho) tem o maior percentual participação, com 31%.

A aquisição do farelo de soja atingiu 20% do estimado para este ano, enquanto que o mineral chegou a 18%.

Vacari informa que o preço futuro dos produtos agrícolas poderá interferir no sistema de confinamento estadual. "Por exemplo, se o milho estiver caro, haverá menos compra do produto que é um dos principais insumos da pecuária. Isso deverá reduzir o número de animais criados neste método".

Exportação - Carne bovina mato-grossense vive bom momento no mercado internacional. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) apontam que no primeiro trimestre deste ano foram exportados US$ 153,944 milhões em produtos, alta de 28% sobre o volume contabilizado no mesmo período de 2010, quando foram embarcados US$ 120,209 milhões.

O bom desempenho gerou resultados positivos. A participação do produto na lista de itens enviados ao mercado externo pelo Estado, subiu de 6,13% para 7,71% de um ano para outro. Em volume houve queda, baixando de 33,812 mil toneladas no ano passado para 32,620 mil (t) em 2011.

FONTE: A GAZETA

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