Arrendamento de unidades de confinamento por grandes empresas preocupa pecuaristas de Mato Grosso. Superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, alerta que grupos empresariais do setor estão locando as fazendas que realizam o sistema de confinamento para ter produção de gado em alta escala. Conforme ele, essa tendência é realizada em Goiás e em São Paulo e está chegando ao Estado.
"A Sadia, por exemplo, arrendou unidades que juntas têm capacidade de confinar até 20 mil animais por ano".
Para Vacari, a atitude das empresas pode prejudicar a concorrência do mercado. Ele explica que o potencial de animais criados confinados deve aumentar, por outro lado, se mal intencionadas os grupos podem manipular o mercado. Outra preocupação é com a disponibilidade de bezerros.
O superintendente da Acrimat informa que o aumento no abate de matrizes vai impactar no número de animais que poderiam ser criados em confinamento. A incerteza do bom desempenho do sistema também passa pela disponibilidades de insumos para a pecuária. Levantamento do Imea mostra que dos tipos utilizados para alimentação do rebanho confinado, já adquiridos pelo produtor, o volumoso (milho) tem o maior percentual participação, com 31%.
A aquisição do farelo de soja atingiu 20% do estimado para este ano, enquanto que o mineral chegou a 18%.
Vacari informa que o preço futuro dos produtos agrícolas poderá interferir no sistema de confinamento estadual. "Por exemplo, se o milho estiver caro, haverá menos compra do produto que é um dos principais insumos da pecuária. Isso deverá reduzir o número de animais criados neste método".
Exportação - Carne bovina mato-grossense vive bom momento no mercado internacional. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) apontam que no primeiro trimestre deste ano foram exportados US$ 153,944 milhões em produtos, alta de 28% sobre o volume contabilizado no mesmo período de 2010, quando foram embarcados US$ 120,209 milhões.
O bom desempenho gerou resultados positivos. A participação do produto na lista de itens enviados ao mercado externo pelo Estado, subiu de 6,13% para 7,71% de um ano para outro. Em volume houve queda, baixando de 33,812 mil toneladas no ano passado para 32,620 mil (t) em 2011.
FONTE: A GAZETA
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