quinta-feira, 5 de maio de 2011

Indústria faz mapa do risco para exportar


Objetivo é identificar municípios em que incidência de excesso de medicamentos na carne é menor

Diante dos custos e dificuldades de se adequar aos novos padrões americanos de resíduos de medicamentos na carne, os frigoríficos brasileiros estão mapeando os municípios em que o rebanho apresenta maior risco de gerar excessos de produtos veterinários.
As diferentes práticas e períodos de vacinação, aplicação de medicamentos e abate dos animais podem interferir no nível de resíduos dos produtos finais.
Parte da timidez dos grupos brasileiros em retomar as exportações reside na falta de segurança de que, seguindo as orientações da indústria veterinária, não haverá problemas com os produtos de carne. “Fizemos mais de 60 mil testes em bois e carnes e,mesmo seguindo a bula dos medicamentos, houve excesso de resíduos no produto final”, diz o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antonio Jorge Camardelli.
Por isso, há quem defenda uma moratória branca às exportações para os Estados Unidos.
O objetivo seria evitar que novos problemas como os ocorridos no ano passado se repitam, prejudicando ainda mais as relações com as autoridades e os clientes americanos.
O principal problema continua sendo a ivermectina, um vermífugo extremamente comum e sem patente. Para que a carne não apresente excesso de medicamentos, eles devem ser aplicados respeitando-se o prazo de carência para que sejam parcialmente eliminados do organismo do animal.
A indústria veterinária garante a segurança dos produtos legais,mas ressalta que há muitas etapas no processo que podem apresentar falhas, desde a aplicação correta do produto no campo até o abate respeitando os prazos indicados. “Estamos à disposição para discutir a questão, mas é difícil crer que uma ciência tão conhecida como a veterinária seja responsável por todo esse desconforto para o país”, diz o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), Emílio Salani.

FONTE: MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES

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