terça-feira, 14 de junho de 2011

Italianos mostram interesse em terneiros Charolês

Há cinco anos começaram as negociações entre a União de Importadores e Exportadores de Carnes e Derivados da Itália (UNICEB) e o governo do Estado de Santa Catarina, com o objetivo de implantar um projeto de importação de bovinos vivos do Estado catarinense para a Itália. As conversações avançaram e a expectativa é que sejam adquiridos, para a primeira viagem, entre 4 e 5 mil terneiros, que deverão formar o carregamento de um navio.

Segundo os membros da comitiva italiana que estiveram em Santa Catarina em fevereiro, a escolha por Santa Catarina se deu pela facilidade de acesso ao Porto de Imbituba e principalmente pelo Estado ser o único certificado como livre de Febre Aftosa sem vacinação no Brasil.

“O litoral catarinense é um ponto estratégico, principalmente para a exportação de animais”, diz Fulvio Fortunati, membro da União de Importadores e Exportadores de Carnes e Derivados da Itália (Uniceb).

Os bezerros serão abrigados no Centro de Confinamento, em Imbituba. O espaço, com 33 hectares, servirá para realização de atividades de ambientação e concentração de bovinos destinados à exportação. Ali os animais, criados em Santa Catarina, ficarão por aproximadamente 40 dias, onde passarão por diversas aferições por Médicos Veterinários, além de preparação ambiental para a viagem marítima.

No local serão instaladas outras construções, como um centro de manejo, sede para a administração, para os serviços veterinários e para alojamento de outros funcionários, galpões para guarda de maquinários, equipamentos e instalações para distribuição de água, energia elétrica e alimentação para os animais.

Segundo o diretor de Qualidade e Defesa Agropecuária da Cidasc, Méd. Vet. Roni Barbosa, o local já possui licença ambiental prévia da Fatma e a previsão é de que no primeiro semestre deste ano esteja em funcionamento.

“Se tudo correr bem o primeiro embarque será em julho deste ano”, afirma o veterinário Roni Barbosa.

Participação fundamental de criadores e de técnicos

Os terneiros selecionados deverão ser de raças européias ou seus cruzamentos, de preferência com as raças Charolês e Limousin, não castrados, com idade aproximada de oito meses e peso entre 200 e 250 quilos. A preparação dos terneiros nas fazendas está nas mãos dos criadores, tanto no aspecto de raças e cruzamentos utilizados como da alimentação do rebanho, especialmente das vacas.

Abre-se um novo mercado

“Financeiramente representa para os criadores um valor de aproximadamente 4 a 5 milhões de Reais, porém, a maior vantagem se constitui na possibilidade de ser viabilizada a especialização dos criadores para a produção de terneiros de boa qualidade, visando mercados mais competitivos e, portanto, de maior remuneração, a exemplo da Itália, mantendo em suas fazendas um plantel maior de vacas e touros ou uso da inseminação artificial, sem as demais categorias”, explica o Dr. Roni.

Médicos Veterinários, Zootecnistas, Engenheiros Agrônomos e Técnicos Agrícolas, além de outros profissionais terão uma ativa participação, tanto na motivação dos criadores para o projeto, assim como na preparação dos terneiros para a comercialização, durante a concentração em Imbituba, e no acompanhamento da viagem de

navio até o continente europeu.

Outras informações podem ser obtidas diretamente na sede da Associação Brasileira de Criadores de Charolês, através do fone (51) 3458-3919 ou ainda pelo e-mail charoles@charoles.org.br ou ainda através do site www.charoles.org.br.


Fonte: Comunicação & Marketing da Agênci
(51) 3231-6210
ciranda@agenciaciranda.com.br

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