terça-feira, 28 de junho de 2011

JBS é o maior exportador brasileiro de carne

O grupo JBS continua na primeira posição no ranking de receita com exportações brasileiras de carne no acumulado do ano até maio, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

As vendas externas do grupo no período totalizaram US$ 1,090 bilhão, avanço de 166,8% ante US$ 408,795 milhões. O Bertin, incorporado em setembro de 2009 pelo grupo, cujos números ainda são divulgados em separado pela Secex, não figurou na lista de maio. Com esse resultado, a JBS ficou na oitava posição no ranking geral das 40 principais empresas brasileiras em exportação de janeiro a maio, mesma colocação obtida no levantamento anterior.

A Sadia aparece na sequência, com receita cambial de US$ 993,068 milhões no período, alta de 17,53% ante os US$ 844,981 milhões dos mesmos meses de 2010, seguida pela BRF - Brasil Foods (antiga Perdigão), com US$ 968,027 milhões, aumento de 16,17% ante US$ 833,302 milhões. Com os resultados, a Sadia ficou na 10ª posição no ranking geral e a BRF, em 12º lugar.

Se somadas as receitas das duas empresas, a cifra - de US$ 1,961 bilhão, crescimento de 16,9% ante o acumulado de 2010 até maio - é superior à da JBS, e a companhia passa a ser a quarta maior exportadora do Brasil, atrás de Vale, Petrobrás e Bunge. Na análise anterior, o montante consolidado coloca a BRF como a terceira maior.

A Sadia está incorporada contabilmente pela BRF, mas as empresas continuam operacionalmente separadas, à espera da decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Assim como JBS e Bertin, a Secex divulga os dados das duas companhias separadamente.

A Seara Alimentos, adquirida pela Marfrig no início de 2010, se mantém no quarto lugar entre as empresas de proteínas com maior receita de exportações. Com US$ 665,259 milhões, avançou 64,60% ante os US$ 404,178 milhões de janeiro a maio de 2010. Na lista geral, está em 21º lugar. Na classificação setorial, a Marfrig aparece em seguida, com US$ 418,254 milhões, alta de 52,75% ante os US$ 273,814 milhões de janeiro a maio de 2010, ocupando a 35ª posição na lista geral. Assim como ocorre com a Sadia e a BRF, a Secex divulga os dados das duas companhias em separado. O montante consolidado é de US$ 1,083 bilhão, bem próximo ao da JBS.

Na análise dos números de maio, a sequência é alterada somente entre os segundo e terceiro lugares, ficando a BRF à frente da Sadia. A receita cambial da JBS somou US$ 234,167 milhões no mês passado, aumento de 104,50% ante igual período de 2010. As exportações da BRF foram de US$ 229,566 milhões, com alta de 13,61%, enquanto as da Sadia totalizaram US$ 204,308 milhões, alta de 11,92%.

Argentina

A JBS desistiu de vender algumas unidades na Argentina. A empresa afirmou que mudou seu foco no país para o mercado doméstico. Segundo Artemio Listoni, diretor da unidade da JBS na Argentina, as vendas em 2011 serão de US$ 400 milhões a US$ 500 milhões. A meta da empresa é alcançar em 2012 a marca de US$ 600 milhões e de US$ 1 bilhão em 2013.

A estratégia da JBS é usar a marca Swift, adquirida em 2005 na Argentina, para ganhar fatia nos segmentos de hambúrgueres, patês e linguiças, segundo a Bloomberg. A empresa tinha anunciado em 2010 que poderia vender unidades argentinas por conta da redução do rebanho e das restrições do governo à exportação. Mas agora, a empresa vai até reabrir a unidade de Pontevedra em 1º de agosto para atender à demanda do país.

FONTE: O Estado de S.Paulo e do Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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