segunda-feira, 28 de maio de 2012

OIE lança novas normas de bem-estar animal

Na 80ª Sessão Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), realizada semana passada em Paris, França, os delegados presentes aprovaram a adoção, pelo órgão, de novos padrões, amplos, sobre o bem-estar animal nas criações intensivas

DO PORTAL DO AGRONEGÓCIO
Embora existam, mundo a fora, inúmeras iniciativas do gênero, esta é a primeira vez que se adota um padrão de uso internacional.

Referindo-se à novidade, o Diretor Geral da OIE, Bernard Vallat, lembra que na Sessão Geral de 2011 os delegados da OIE sequer chegaram a obter consenso quanto a um texto tratando do bem-estar na criação de frangos. E exulta: “Chegar, agora, a um padrão aplicável à criação bovina intensiva foi um grande passo. É um acontecimento histórico, que abre caminho para a adoção de padrões de bem-estar para outros segmentos da produção animal”.

A nova diretiva adotada, direcionada essencialmente a gado confinado, estabelece, por exemplo, critérios e indicações para avaliação não só do bem-estar animal propriamente dito, mas também da qualidade da alimentação fornecida, da suplementação de luz artificial para animais que não têm pleno acesso à iluminação natural, das condições da cama, etc.

Outra decisão importante da Assembleia de 2012 refere-se à adoção de novas diretrizes sobre o uso comedido e responsável de antibióticos em animais criados com a finalidade de produzir alimentos. Porém, o encontro não tratou da utilização de aditivos alimentares utilizados, por exemplo, como promotores de crescimento, pois essa é responsabilidade da Comissão do Codex Alimentarius.

Aguardam-se detalhes do que foi aprovado na reunião anual da OIE em Paris. Mas a simples informação de que foram definidas novas normas de bem-estar animal já leva organizações de defesa dos animais a intensificarem esforços objetivando a adoção de melhores métodos na pecuária europeia. Uma dessas ONGs insiste em que todos os países integrantes da União Europeia (UE) adotem imediatamente os novos padrões, pois – afirma – “sem eles, a UE não terá condições de exigir equivalência de países fornecedores de carnes como Brasil e Argentina”. É um chamamento para os produtores locais, mas uma ameaça para quem exporta para aquele mercado.

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