Para isso, foi criada uma comissão composta por um representante de cada país, que ficará responsável por facilitar e viabilizar a troca genética entre as nações presentes na Conferência. “Apresentamos durante esses quinze dias de evento a qualidade da criação, do manejo e da genética do Devon no Brasil. Esse acordo internacional é fruto desse trabalho, que deixou os criadores estrangeiros bastante impressionados”, revela Elizabeth. “Quando vim pela primeira vez, há 20 anos, achei o rebanho de bom nível. Dessa vez, fiquei surpreso, pois a qualidade do produto aumentou exponencialmente. Vamos reunir forças para poder importar o sêmen do Devon brasileiro”, afirma Bob Crawford, presidente da Associação Australiana de Criadores da raça.
Além das questões comerciais, também está incluso no acordo internacional a criação de um blog que servirá para a troca constante de informações entre os países criadores de Devon. Outra parte do acordo diz respeito à busca de parceria entre as diferentes Associações e o Ministério da Educação, através do Programa Ciências Sem Fronteiras, na área de Produção de Alimentos, para estabelecer cooperações internacionais com os diferentes países. O intuito dessa ação é realizar o intercâmbio de estudantes de graduação e pós-graduação para que estudem e realizem seus estágios técnicos em fazendas produtoras de Devon espalhadas pelo mundo.
Reconhecimento dos criadores estrangeiros
Durante o evento, as 12 cabanhas visitadas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul apresentaram o manejo empregado na região Sul, onde está localizada a maior concentração de criadores de gado Devon puro do Brasil, e assim apresentar a genética brasileira do Devon. “A cada fazenda que conhecíamos, eu ficava mais impressionado com a qualidade dos animais no Brasil. As principais características da raça, como docilidade, maturidade precoce e excelente rendimento de carne estão muito presentes no Devon criado aqui”, afirmou Bob Schumacher, criador da raça Devon vindo da Nova Zelândia.
Um dos maiores criadores de Devon do estado da Virgínia, nos EUA, Jeremy Engh vê muitas semelhanças entre o manejo brasileiro e o americano. “Existem muitas áreas nas quais podemos fazer intercâmbio de conhecimento. Nosso trabalho com a raça é muito parecido com o brasileiro, mas fiquei impressionado com a genética apresentada pelo Brasil”, diz.
O encontro internacional de criadores deve render ainda uma série de benefícios para a criação nacional da raça. “Em breve, estaremos percebendo os resultados dessa convenção, que se traduzirá em bons negócios com clientes do exterior”, afirma Adelar Santarem, presidente da ABCD.
Fonte: ABCD
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