Pecuaristas, frigoríficos e varejo fizeram um encontro inédito durante a realização da Interconf (a quinta conferência internacional dos confinadores), que foi encerrada ontem em Goiânia (GO).
A conclusão foi de que toda a cadeia passa por uma dose de ineficiência.
Desentendimentos à parte, o que é normal nesses encontros, todos foram unânimes em ver a necessidade de uma transparência maior no setor, o que elevaria a eficiência de toda a cadeia.
Eduardo Biagi, presidente da ABCZ (criadores de zebu), diz que os pecuaristas precisam de uma tipificação das carcaças dos animais e que ela seja adotada por todos os produtores.
Essa medida melhora o rendimento do pecuarista e traz aproveitamento melhor também pela indústria e pelo varejo, afirma.
Representando a Abiec (associação das exportadoras), Jeremiah O Callaghan, do grupo JBS, disse que o Brasil precisa buscar mais eficiência na produção.
Ele cita o exemplo dos Estados Unidos, que, com um rebanho próximo de 90 milhões de cabeças, consegue produzir 12 milhões de toneladas de carne por ano.
O Brasil produz 9 milhões de toneladas, apesar de ter um rebanho de 200 milhões de animais.
Sussumu Honda, presidente da Abras (associação dos supermercados), diz que esses estabelecimentos estão perdendo competitividade na comercialização de carne e que a falta de padrão do produto entregue pelos frigoríficos é um dos motivos.
O varejo perde 7% do produto ao adequar essa carne aos consumidores. As entidades acham que esse diálogo deve continuar.
Fonte: Folha de São Paulo. Por Mauro Zafalon.
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