Fernando F. Velloso
Veja como fechou o 2012:O Anuário DBO é sempre um prato cheio para quem gosta de boas informações e números da pecuária. Recebi agora em fevereiro a última edição e debulhei logo tudo que pude. Adiante listo informações da pecuária de corte brasileira e gaúcha apresentadas nesta publicação.
· Abateram-se 45,5 milhões de bovinos, o rebanho alcançou os 213 milhões de animais, o desfrute chegou aos 21,3 % e o consumo per capita bateu em 42,3 kg de carne por brasileiro;
· Abateram-se mais vacas e elas representaram 35,5% da matança. Sinal de final ou virada de ciclo;
· Os pesos médios das carcaças ficaram em 268 kg para machos e 207 kg para fêmeas;
· Nos últimos 5 anos a Índia foi responsável por 83% do crescimento da exportações de carne;
· As ações do Minerva subiram 133% e as ações do Marfrig perderam valor. O JBS equilibrou suas contas;
· O Frigorífico Tatuibi surge como uma nova indústria entre as grandes. Hoje tem capacidade para 3 mil abates por dia e pretende passar para 6 mil abates por dia;
· As estimativas de número de animais terminados em confinamento não se concretizaram. As previsões falaram em 3,5 a 4 milhões de cabeças e a alta dos grãos e a arroba baixa frearam este processo;
· Goiás e os Matos Grossos confinaram 64% do gado brasileiro;
· No final do ano 10 países declaram embargo à carne brasileira em função do causo da Vaca Loca;
· Somente 1 estado brasileiro (SC) segue livre sem vacinação de Febre Aftosa;
· O Boi Gordo em SP perdeu 12% de seu valor;
· O custo da pecuária de corte no Brasil subiu 4,11% e no RS subiu 8,12%. Ganhamos uma!
· O valor do Boi Gordo no Brasil caiu 4,18%, em SP foi menos 12% e no RS caiu em 1,84%. Opa, ganhamos outra!
· Os insumos para reprodução representaram 0,07% dos custos de produção. E ainda temos gente boa achando que sêmen é muito caro.
· Foram exportados 512.320 bovinos, sendo 89% pelo Pará e o restante pelo RS;
· Leilões: o Angus faturou 28,5 milhões de reais, o Hereford 7,6 milhões, o Braford 13,6 milhões e o Brangus 7,5 milhões.
Recomendo a leitura do Anuário DBO na íntegra, pois os dados apresentados são somente uma amostrinha do que lá está.
Faz muito que se fala da Era da Informação e ela esta aí e não é de hoje. Na pecuária gaúcha estamos perdendo algumas oportunidades por não produzir e analisar as informações do setor de forma organizada e contínua. A centralização e produção de informação de qualidade para nosso setor é uma necessidade e uma boa justificativa para criação do já falado Instituto Gaúcho da Carne (água mole em pedra dura...).
FONTE: FOLHA DO SUL
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