Mais de 64% do preço pago pelo consumidor mato-grossense pelo quilo da carne bovina são embolsados pelo setor varejista. Supermercados e açougues recebem a maior parcela do valor da carne cobrado dos consumidores, afirma uma pesquisa feita pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Os dados mostram ainda que o produtor recebe a segunda maior parcela do valor total da carne, cerca de 33%. O atacado fica com a menor parte, em torno de 3%.
De acordo com o analista do Imea, Fábio da Silva, o estudo comprova o que já era esperado pelo setor produtivo, tendo o varejo a maior participação no preço total da carne bovina. Conforme ele, o percentual reservado aos produtores de Mato Grosso condiz com o trabalho exercido pela categoria, considerando o tempo que o animal fica no campo.
O estudo detalha que em janeiro de 2013 houve uma redução de 0,38 ponto percentual na comparação com dezembro de 2012 na participação do pecuarista, quando estava em 31,93%; já a margem da indústria ou atacado aumentou 0,25 ponto percentual, atingindo em janeiro de 2013 o valor de 3,34%; e o varejo, por sua vez, expandiu 0,13 ponto percentual, chegando a 65,11% no mês passado.
Em relação aos preços, o varejo apresentou maior elevação no preço da carne nos últimos 8 anos, com uma variação positiva de mais de 200%. Já os preços ao pecuarista e no atacado evoluíram em menor intensidade, ambos os elos acima de 75%.
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