terça-feira, 5 de março de 2013

RS realiza inquérito epidemiológico a partir de março


Meta é atingir 11 mil animais e verificar prevalência de tuberculose e brucelose no rebanho gaúcho

O Rio Grande do Sul incia na segunda quinzena de março um inquérito epidemiológico irá mostrar a prevalência de tuberculose e brucelose no rebanho do Estado. As 35 equipes da Secretaria da Agricultura (Seappa), compostas por um total de 70 profissionais, darão inicio às visitas propriedades na segunda semana de março e o trabalho de campo se estenderá até junho.
Os resultados permitirão ao Estado traçar estratégias de combate às enfermidades. "A importância desta iniciativa é tanto econômica, uma vez que essas doenças diminuem a produtividade, quanto de saúde pública, já que são zoonoses", explica a médica veterinária da Seappa, Ana Groff.
O Rio Grande do Sul foi dividido em sete regiões e a expectativa é de que sejam visitadas 1.065 fazendas para avaliação de 11 mil animais. As visitas terão dois dias de duração. No caso da tuberculose o diagnóstico pode ser realizado nas propriedades, enquanto o da brucelose exige a coleta de sangue.
O investimento total no inquérito deve atingir entre R$ 400 mil e R$ 430 mil, com recursos do convênio entre o Estado e o Ministério da Agricultura para a área de sanidade. O Fundo de Desenvolvimento da Defesa Sanitária Animal (Fundesa) irá arcar com a compra de materiais necessários ao inquérito e não contemplados no convênio entre Mapa e Seappa, além das indenizações aos produtores que tiverem animais abatidos.
A expectativa do presidente do Fundesa, Rogério Kerber, é de que as indenizações atinjam R$ 250 mil, sendo R$ 100 mil do Mapa e outros R$ 150 mil do fundo. Para os animais de aptidão leiteira, o valor previsto está entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, enquanto para bovinos de corte o valor é de R$ 319,00 por 100 quilos do animal.
O Mapa ressarce apenas os produtores que tiverem animais abatidos por tuberculose, uma vez que a brucelose pode ser evitada com a vacinação do rebanho.
O último inquérito realizado sobre brucelose no Estado foi feito em 2004, como parte de Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose Animal (PNCETB). Na ocasião, a prevalência foi de 1% dos animais. No caso da tuberculose, desde a criação do programa o Estado foram realizados apenas diagnósticos de rotina, que indicam prevalência de 0,8%.
“O trabalho busca identificar com mais clareza a prevalência das doenças. É provável que tenhamos regiões de maior prevalência e outras com menor, mas o Estado está em uma condição favorável de modo geral”, avalia Kerber. Para ele ele a medida é muito importante para a apresentação do produto gaúcho aos mercados.  
Fonte: Portal DBO


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