Nestor Tipa Júnior
Está marcada para começar hoje a mobilização nacional de produtores rurais chamada de Semana da Dependência. O objetivo é paralisar por 30 dias a entrega de produtos agropecuários por parte de agricultores e pecuaristas e sensibilizar o governo federal para temas como a demarcação de terras indígenas e a prorrogação de dívidas, entre outros assuntos.
Conforme o líder do movimento no País, o produtor rural do Mato Grosso do Sul Glauco Mascarenhas, a adesão ao movimento, em conversas com produtores por todo o País, tem sido grande. No entanto, admite que o efeito do protesto só poderá ser sentido depois de pelo menos uma semana. “A gente não consegue quantificar. Além de ser muito esparso, tem muita gente que está nos procurando para saber sobre o movimento. Acredito que vai haver um impacto”, ressalta.
Mascarenhas afirma que, por meio de deputados ligados à Frente Parlamentar da Agropecuária, foram tentadas reuniões com representantes do governo federal para discutir as reivindicações dos produtores, mas que não houve sucesso. “Tentamos contatos com o Executivo, mas não tivemos retorno. Os prazos deles não são tão urgentes quanto os nossos”, critica o líder do movimento.
Para Mascarenhas, entretanto, o principal problema para uma maior organização e adesão à mobilização está sendo a falta de apoio da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e as respectivas federações de agricultura dos estados. De acordo com o produtor, as entidades não estão representando mais as bases produtivas. “Estamos vendo a falta de representatividade que temos das federações e da nossa confederação. Ficam com medo de melindrar o governo e viram as costas para o produtor rural”, declara.
O coordenador da Semana da Dependência esteve no Rio Grande do Sul e sentiu que o produtor gaúcho está interessado nas ideias da organização dos produtores. Um dos líderes da mobilização no Estado, o presidente do Sindicato Rural de Tapes, Juarez Petry, afirma que o trabalho está sendo feito pelas redes sociais. “Alguns sindicatos rurais estão reproduzindo os materiais, e estamos aguardando como será a mobilização. Acredito que o movimento será forte no Mato Grosso do Sul e, se tiver êxito, devemos ter maior adesão no Estado. O produtor está cético, não em relação à ideia, na qual é favorável, mas, sim, à operacionalização da ideia”, salienta.
Petry concorda com a alegação de Mascarenhas sobre a falta de representatividade da CNA e de algumas federações estaduais, e também avalia que falta uma ação maior do governo sobre as questões que envolvem a produção agropecuária brasileira. “A CNA não representa mais o produtor, e a maioria das federações de agricultura do País se omite. Apesar de termos dobrado a produção e apesar de acreditar que o produtor tem condições de chegar a 300 milhões de toneladas em até sete anos, só não chegaremos a essa condição porque o governo não está fazendo a parte dele, com a infraestrutura de transporte e logística. Se o governo fizer tudo isso, estamos prontos para produzir. As nossas entidades de classe estão se omitindo na hora de cobrar. Este movimento que está se desenhando quer mostrar que o País depende muito da agricultura e da pecuária e que, se todo mundo fizesse sua parte, a situação seria bem melhor”, analisa.
A reportagem do Jornal do Comércio procurou a CNA e o Ministério da Agricultura para comentar sobre a mobilização. Conforme a assessoria de imprensa do ministério, o secretário de Política Agrícola, Neri Geller, seria a única pessoa a falar sobre a questão e está em viagem. A CNA não respondeu a solicitação feita na sexta-feira, dia 16. No Rio Grande do Sul, a Farsul informou que não está se manifestando sobre o tema.
Fonte: Jornal do Comercio
Conforme o líder do movimento no País, o produtor rural do Mato Grosso do Sul Glauco Mascarenhas, a adesão ao movimento, em conversas com produtores por todo o País, tem sido grande. No entanto, admite que o efeito do protesto só poderá ser sentido depois de pelo menos uma semana. “A gente não consegue quantificar. Além de ser muito esparso, tem muita gente que está nos procurando para saber sobre o movimento. Acredito que vai haver um impacto”, ressalta.
Mascarenhas afirma que, por meio de deputados ligados à Frente Parlamentar da Agropecuária, foram tentadas reuniões com representantes do governo federal para discutir as reivindicações dos produtores, mas que não houve sucesso. “Tentamos contatos com o Executivo, mas não tivemos retorno. Os prazos deles não são tão urgentes quanto os nossos”, critica o líder do movimento.
Para Mascarenhas, entretanto, o principal problema para uma maior organização e adesão à mobilização está sendo a falta de apoio da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e as respectivas federações de agricultura dos estados. De acordo com o produtor, as entidades não estão representando mais as bases produtivas. “Estamos vendo a falta de representatividade que temos das federações e da nossa confederação. Ficam com medo de melindrar o governo e viram as costas para o produtor rural”, declara.
O coordenador da Semana da Dependência esteve no Rio Grande do Sul e sentiu que o produtor gaúcho está interessado nas ideias da organização dos produtores. Um dos líderes da mobilização no Estado, o presidente do Sindicato Rural de Tapes, Juarez Petry, afirma que o trabalho está sendo feito pelas redes sociais. “Alguns sindicatos rurais estão reproduzindo os materiais, e estamos aguardando como será a mobilização. Acredito que o movimento será forte no Mato Grosso do Sul e, se tiver êxito, devemos ter maior adesão no Estado. O produtor está cético, não em relação à ideia, na qual é favorável, mas, sim, à operacionalização da ideia”, salienta.
Petry concorda com a alegação de Mascarenhas sobre a falta de representatividade da CNA e de algumas federações estaduais, e também avalia que falta uma ação maior do governo sobre as questões que envolvem a produção agropecuária brasileira. “A CNA não representa mais o produtor, e a maioria das federações de agricultura do País se omite. Apesar de termos dobrado a produção e apesar de acreditar que o produtor tem condições de chegar a 300 milhões de toneladas em até sete anos, só não chegaremos a essa condição porque o governo não está fazendo a parte dele, com a infraestrutura de transporte e logística. Se o governo fizer tudo isso, estamos prontos para produzir. As nossas entidades de classe estão se omitindo na hora de cobrar. Este movimento que está se desenhando quer mostrar que o País depende muito da agricultura e da pecuária e que, se todo mundo fizesse sua parte, a situação seria bem melhor”, analisa.
A reportagem do Jornal do Comércio procurou a CNA e o Ministério da Agricultura para comentar sobre a mobilização. Conforme a assessoria de imprensa do ministério, o secretário de Política Agrícola, Neri Geller, seria a única pessoa a falar sobre a questão e está em viagem. A CNA não respondeu a solicitação feita na sexta-feira, dia 16. No Rio Grande do Sul, a Farsul informou que não está se manifestando sobre o tema.
Fonte: Jornal do Comercio
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