Foto: Scot Consultoria
Comumente nos deparamos com propagandas negativas à produção rural brasileira. O marketing negativo contra a cadeia agropecuária existe, e pouquíssimas vezes as críticas têm embasamento científico, mas as propagandas "contra" ganham forças gradativamente.
Recentemente, a Scot Consultoria recebeu manifestações contrárias ao agronegócio. Essas críticas foram rebatidas. O que se percebeu foi a quantidade enorme de preconceitos e posicionamentos ideológicos. Com a intenção de trazer luz a esses posicionamentos a Scot Consultoria respondeu às manifestações. Veja abaixo:
"Qual o ônus hídrico e ambiental de alimentar o mundo"? Até onde não levamos em consideração as secas para alimentar o mundo. Se o mundo quiser comer só pitáia, o Brasil vai produzir só pitáia? O ponto é que as pessoas pensam em números... apenas em dinheiro."
Não existe produção rural ou não rural sem água. A diferença entre os sistemas de produção rural e não rural é que a água consumida no campo é devolvida para o sistema. Trata-se do ciclo da água. Os sistemas urbanos e industriais precisam de estações de tratamento de esgoto para recuperar a água e os sistemas de produção de alimentos não.
O Brasil, através de um tremendo esforço, de importador evoluiu para exportador de alimentos. Certamente se o mercado nos procurar para a produção de pitáia, teremos condições de atendê-lo. Com qualidade e preço.
O esforço, o intelecto, o conhecimento e o uso da terra precisam ser remunerados. Como é impossível o escambo, o dinheiro tem sido uma fórmula racional de conduzir as relações comerciais. A remuneração em dinheiro é consequência e não há problema nisso.
"Alimentar o mundo significa ganhar dinheiro vendendo laranja para depois comprar celular americano, carro alemão e relógio suíço... O dinheiro deles nunca esteve em nossas mãos..."
O livre arbítrio determina o que cada um faz com o que ganha e, como vivemos numa comunidade global, comprar artigos de qualquer origem significa distribuir renda, gerar empregos, desenvolvimento e bem-estar. O dinheiro circula e isso é bom. Dinheiro parado é ruim.
"As pessoas que controlam o mercado brasileiro têm nojo de pobre e não se importam se um mendigo está bem alimentado. Alimentar o mundo significa criar políticas que os alimentos possam ser produzidos localmente, onde as pessoas moram, sendo complementado com o que o local não produz. Historicamente somos o quintal do mundo, o silo e o curral, mas temos potencial hídrico, mineral, etc... para sermos sala de estar e porta de entrada... Agro floresta alimenta o mundo... Jardins urbanos ajudem a produção nacional a alimentar o mundo..."
É inegável que o esforço das políticas públicas e privadas é a do aumento de consumidores e em consequência à expansão do mercado, nesse sentido, resgatar as pessoas da pobreza tem sido constante.
Esse esforço para ser bem-sucedido implica em uma série de ações, sendo a primordial uma boa alimentação e depois uma boa educação. Para uma boa alimentação é preciso ter um agronegócio pujante, forte e desenvolvido.
Nada contra ser o quintal, o curral ou silo do mundo. É preciso ter competência para tanto. O Brasil detém a melhor tecnologia para a produção em clima tropical. Inigualável. Somos na verdade o celeiro do mundo.
Mas, o mundo mudou, a arquitetura mudou. Não existe sala da frente, de fundos ou o quintal, o mundo é espacial, cada um escolhe por onde entrar e por onde sair. As portas não existem mais, por antiquadas, assim como certas formas de pensamento.
"Só precisamos progredir muito mais numa Agricultura verdadeiramente Sustentável, Orgânica, com melhor produtividade integral, com balanço energético e de recursos naturais, sem esse consumo desnecessário e exagerado de agrotóxicos e adubos químicos. "
Estamos de acordo com o progresso através da agricultura (agricultura e pecuária) sustentável, e nesse sentido a produção orgânica tem o seu nicho de mercado, mas sem substância para prover de alimentos, fibras e energia a população do planeta. Os defensivos agrícolas são tão caros e a margem do fazendeiro tão estreita, que é difícil crer no uso exagerado da química agrícola e do excessivo uso de fertilizantes. Aliás, o Brasil consome pouco esses insumos diante do tamanho do agro nacional.
"Senão ficaremos na propaganda mentirosa de "alimentar o mundo", quando só alimentamos os especuladores selvagens de "commodities" e quando muito os porcos, frangos e gado em geral da Europa e China, ficando no atraso "terceiro-mundista" de fornecedores de produtos primários e matérias primas, quando deveríamos agregar valor e empregar nossos trabalhadores melhor capacitados, exportando produtos transformados (rações prontas, por exemplo) e alimentos de melhor qualidade e valor. "
O fato é que o Brasil contribui com o combate à fome, no Brasil, na China, no Oriente Médio e em demais regiões do planeta onde os produtos agrícolas brasileiros são consumidos. Quanto a produzir produtos primários ser um atraso, pior seria nada produzir, como da década de 50 para trás.
Estamos passo a passo construindo uma nação extraordinária e dado o tamanho do Brasil, com várias geografias para serem administradas, o passo a passo é inexorável.
O processamento dessas matérias-primas exige conhecimento e domínio de tecnologias de transformação, que a formação de profissionais argutos, com o tempo solucionará e já está solucionando. Por exemplo, para ocuparmos posição atual na produção no agro global, foi preciso investimento em conhecimento, semente que foi plantada com a fundação da Embrapa, no governo Geisel, e a formação de doutores nos assuntos agrários. Para a fundação das universidades tivemos que importar professores. Se essas atitudes não tivessem sido tomadas, ainda estaríamos de tanga e tocando apito, como diria o jornalista Paulo Francis.
"O agronegócio e a pecuária destroem nossos ecossistemas e alimentam grandes corporações corruptas. Proteína animal = Exploração e sofrimento animal!"
O agronegócio vai além das fronteiras rurais, recomendo a leitura da definição de agronegócio disponível na internet.
O agro usufrui dos ecossistemas, num esforço contínuo de conservação, pois a sobrevivência da humanidade em última análise depende do cultivo de 20cm de solo, da conversão da energia solar e da reposição de nutrientes. Proteínas de origem vegetal ou de origem animal são alimentos. Precisamos dos dois para o progresso humano.
fonte:Scot Consultoria
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