quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Produtores minimizam riscos para embarque de gado em pé no Rio Grande do Sul

Podem respirar aliviados os produtores gaúchos e exportadores que hoje contam com 13 mil cabeças de gado em quarentena e sendo preparados para o embarque em cidades próximas ao porto do Rio Grande. A ordem da Justiça, emitida no dia 2, que impedia um navio com mais de 25 mil animais da Minerva Foods de deixar o porto de Santos, foi desfeita e não deverá se repetir. O sinal verde, obtido por meio do Ministério da Agricultura na segunda-feira, permitiu a viagem. O navio já deixou o porto, mas ficaram prejuízos no caminho e preocupação no mercado. Ainda que representantes do setor assegurem que a decisão judicial obtida pela ONG Fórum Nacional de Proteção Animal determinando o desembarque dos bovinos destinados à Turquia tenha sido um caso isolado, os danos causados não foram poucos. "Para o Brasil, fica mais um prejuízo à imagem do País, assim como ocorreu com a Operação Carne Fraca. Mas ainda maiores são os prejuízos da Minerva Foods. Apenas um dia a mais de navio ancorado custa cerca de US$ 100 mil para a empresa. Sem contar multas por atrasos na entrega e outras penalidades", alerta o presidente da Associação Brasileira de Exportadores de Animais Vivos (Abreav), Ricardo Barbosa. O executivo estima que cerca de 30 mil bovinos estão prestes a serem embarcados no Brasil com destino a outros países nos próximos dias, especialmente à Turquia. Atualmente, o mercado turco é o maior destino do gado em pé vendido no Brasil. No Rio Grande do Sul, segundo o diretor do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) da Secretaria da Agricultura, Antônio Carlos de Quadros Ferreira Neto, o trabalho segue normal nos cinco pontos de realização de quarentena de bovinos que serão exportados nos próximos dias em Rio Grande. "Temos mais de 13 mil animais em observação. No ano passado, o Estado embarcou cerca de 60 mil bovinos, quase todos para o Turquia, um volume recorde", afirma. Presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Gedeão Pereira classifica o caso ocorrido em Santos como um absurdo e minimiza os riscos de que possa ocorrer algo semelhante novamente. "Mas nosso departamento jurídico está atento a qualquer coisa que por ventura ocorra para evitar problemas", assegura o dirigente. 
fonte: - Jornal do Comércio 

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