domingo, 19 de junho de 2011

Temporada de outono de terneiros está aquecida no RS e sinaliza bons negócios para a Expointer


Número de cabeças vendidas apresenta elevação de 27,7% em relação a 2010
Marina Lopes e Dario Carvalho
A temporada de outono de terneiros está sendo definida como boa para quem comprou e para vendeu no Rio Grande do Sul. O número de cabeças vendidas apresentou elevação de pelo menos 27,7% em relação a 2010. Em consequência, a arrecadação também aumentou, pulou de R$ 27,7 milhões para pelo menos R$ 46,46 milhões até agora, com mais de 95% das feiras realizadas. Com os resultados positivos, o reflexo deve ser percebido na Expointer, feira realizada anualmente em Esteio, no RS.

Dentro do esperado, o mercado se mostrou aquecido. Segundo o Sindicato dos Leiloeiros Rurais do Estado do RS (Sindiler), a média dos machos, com dados 95% fechados, está em R$ 3,98 o quilo, R$ 1 a mais que no ano passado. O presidente da entidade, Jarbas Knorr, observa que o aumento da oferta está nos terneiros, o que é um bom sinal.

– Os produtores estão retendo as fêmeas, sinal de que a intenção é produzir terneiros. O pecuarista se deu conta de que este é um bom negócio e a cada ano vem preparando mais os animais para a venda. Assim como os compradores estão preparando o ambiente, com boas pastagens, para receber os exemplares – explica Knorr.

Assim como a previsão era de um incremento de pelo menos 20% no preço dos terneiros, a expectativa é a mesma para os reprodutores na Expointer. O diretor da Assessoria Agropecuária, Dimas Rocha, diz que o aquecimento da temporada se deve ao aumento da demanda por carne no mercado e da preocupação dos terminadores em antecipar suas reposições, facilitando a garantia de qualidade do produto tendo em vista a aquisição de um exemplar antes do sobreano.

Outra característica observada pelo especialista é a valorização dos terneiros certificados na temporada. Ainda que estejam 5% a 10% mais caros que um animal comum, a remuneração diferenciada paga pelos frigoríficos posteriormente é o grande atrativo do animais certificado, destaca Rocha.

Das feiras de outono, Alegrete (RS) segue a tradição de quantidade expressiva de animais ofertados e lidera o ranking dos eventos que mais faturaram na temporada. A feira ocorreu em duas edições, na primeira, vendeu 7,3 mil cabeças, e na segunda, 1,63 mil. Quem vendeu no evento saiu satisfeito com o resultado:

– Foram preços melhores do que os do ano passado. Quem preparou bem seus animais conseguiu boas médias – destaca o proprietário da Estância Progresso, Wagner Pedroso, que vendeu 500 exemplares.

Investimento reforçado

Proprietário da Fazenda São João Mirim, em São Borja (RS), Cristiano Freitas, se dedica há mais de uma década à produção de terneiros. Só nesta temporada, adquiriu 1,5 mil exemplares das raças angus e hereford. Freitas é fornecedor da terneirada para um frigorífico do centro do país. O contrato que era de 600 cabeças por mês vai pular para mil em julho.

– É um negócio vantajoso, estou investindo cada vez mais e a genética da Fronteira é excelente – afirma.

FONTE:ZERO HORA

Nenhum comentário: