Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012 inclui linhas de crédito para aquisição de matrizes e reprodutores. Medidas também buscam expandir cultura de cana-de-açúcar
Pecuaristas e produtores de cana-açúcar terão tratamento diferenciado durante a safra 2011/2012. O Plano Agrícola e Pecuário lançado nesta sexta-feira, 17 de junho, inclui linhas de crédito específicas para compra de matrizes e reprodutores e para a renovação e expansão dos canaviais. O plano foi anunciado em Ribeirão Preto (SP) pela presidenta Dilma Rousseff e pelo ministro da Agricultura, Wagner Rossi.
Cada criador poderá contratar até R$ 750 mil para aquisição de reprodutores de bovinos e búfalos. A linha de financiamento foi criada para estimular a ampliação da atividade e a qualidade genética do rebanho. “O programa também dá mais segurança ao pecuarista que, há cinco, seis anos atrás, precisou vender suas matrizes para fazer caixa por causa dos baixos preços praticados nesse período”, explica Rossi.
Outra medida que beneficia os criadores é o aumento de limite de custeio de R$ 275 mil para R$ 650 mil, um acréscimo de 136%. O novo limite engloba pecuária de corte, leiteira, ovinocaprinocultura, apicultura, suinocultura e avicultura, inclusive as exploradas em sistemas integrados. Se o produtor adotar sistemas de rastreabilidade do seu rebanho, o limite poderá ser ampliado.
Os pecuaristas terão mais acesso a crédito pelo Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais (Moderagro). O limite de crédito por produtor dobrou, passando de R$ 300 mil para R$ 600 mil. Quando o investimento for coletivo, o valor máximo contratado sobe de R$ 900 mil para R$ 1,2 milhão. O prazo de pagamento foi ampliado de oito para dez anos para todas as atividades. O programa financia a pecuária de leite e a criação de ovinos, caprinos, suínos, aves e abelhas.
O aumento da renda bruta para enquadramento no Programa de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) também vai favorecer a atividade. A partir da próxima safra, será considerada a renda bruta de R$ 700 mil ao ano para que o médio produtor possa ter acesso aos R$ 8,3 bilhões disponíveis no Pronamp.
Pecuária sustentável
“Todas as medidas direcionadas ao setor vão aumentar a competitividade e a produtividade da pecuária, garantindo mais ganhos ao produtor e ao meio ambiente”, aponta o ministro. “Ao melhorarmos a eficiência do setor, teremos mais produção em áreas menores. Além disso, o governo também está incentivando a recuperação de áreas degradadas que poderão ser reincorporadas ao processo produtivo”.
Wagner Rossi lembra que o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) vai colocar à disposição R$ 3,15 bilhões para produtores investirem em técnicas que assegurem maior produtividade no campo com redução da emissão dos gases de efeito estufa.
Ele diz que algumas dessas técnicas são direcionadas justamente à pecuária, como a recuperação de pastagens degradadas e os projetos de integração Lavoura-Pecuária-Floresta que aumentam a renda do produtor e garantem a preservação do meio ambiente. A taxa de juros para essas atividades é de 5,5% ao ano, a menor dada pelo governo para financiamentos direcionados à agricultura empresarial.
Cana-de-açúcar
O governo criou uma nova linha de crédito para financiar a renovação e a expansão dos canaviais brasileiros. O programa destina até R$ 1 milhão para produtores independentes com prazo de pagamento de cinco anos.
O crédito vai incentivar o aumento da produção de cana-de-açúcar. O objetivo é atender a demanda crescente por etanol, em função da expansão do mercado dos carros flex fuel, e permitir uma estabilidade dos preços do combustível. A renovação do canavial também dá maior eficiência à produção com incremento do uso de tecnologia e recuperação da lavoura. De acordo com o ministro, a cultura da cana-de-açúcar também foi beneficiada com aumento de limite de custeio de R$ 275 mil para R$ 650 mil.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Autor: Laila Muniz
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