quinta-feira, 25 de março de 2010

Efeitos do encurtamento das escalas

O mercado de São Paulo trabalha firme há mais de dois meses. Nos últimos sessenta dias o preço pago pelo boi já subiu 4,7% no Estado. As escalas permaneceram, em média, atendendo 4 dias durante esse período.
Somente no último mês houve reajuste de 3,3% para o preço do boi em São Paulo.
Fato interessante é a valorização dos animais nas praças vizinhas, com o preço do boi subindo 4,2%, tanto em Campo Grande – MS como no Sul de Goiás, ambas fornecedoras de matéria-prima para os frigoríficos paulistas.
Essa valorização encurtou os diferenciais de base em relação à Barretos – SP. O diferencial encurtou 15,9% tanto no Mato Grosso do Sul como no Sul de Goiás.
Podemos observar também que, além da estratégia de buscar animais fora do estado, também existe uma demanda maior por fêmeas, objetivando alongar as escalas na falta de bois.
Com isso, o diferencial entre o boi e a vaca caiu 13,7% no último mês em São Paulo. O preço das fêmeas também subiu mais que o do boi em Campo Grande e no Sul de Goiás. Na praça sulmatogrossensse, a diferença entre o preço do boi e da vaca caiu 24,5% e no Sul de Goiás, 4,3%.
Além da maior demanda por fêmeas para manter as escalas, também temos o efeito da reposição firme gerando valorização das matrizes. Isto pode ser notado quando se observa que a maior queda no diferencial foi no Mato Grosso do Sul, onde a atividade de cria é mais expressiva, quando comparada às outras duas praças.

FONTE: PANTANAL NEWS

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