O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul-Acrissul, Francisco Maia, completou um ano à frente da Associação, projeta um segundo semestre de bons preços para o mercado brasileiro de boi gordo e para a carne bovina. "Em ano de Copa do Mundo três coisas aquecem o mercado: televisão, cerveja e carne", diz Maia, para quem o cenário favorável de mercado interno também deverá contemplar outras carnes (suína e de frango). No caso do boi gordo, cotado a R$ 75,00 arroba de preço médio, livre, à vista, em Mato Grosso do Sul, segundo a Acrissul, Maia prevê que o mercado tende a alcançar o ponto de equilíbrio no curtíssimo prazo, em no máximo 15 dias. "O ajuste será necessário. Além da boa demanda interna, o Brasil está avançando nas exportações, abrindo novos mercados e o Mato Grosso do Sul é muito procurado.
O estado, sozinho, responde por cerca de 40% das exportações de carnes do país", enfatiza o dirigente. Outro fator que na sua opinião tende a influenciar positivamente o mercado local no curto prazo é o clima. Lembra que daqui a pouco (em agosto) começa a época da seca, período em que a oferta de animais para abate diminui. Na opinião do presidente da Acrissul, o ponto de equilíbrio de mercado está no patamar de R$ 80,00 arroba para Mato Grosso do Sul. "Hoje, com o boi a R$ 75,00 arroba, estamos tendo um empate técnico, apenas nos defendendo". Argumenta que o pecuarista que vende um boi, tende a repor, colocando um boi magro ou um bezerro no lugar, e que hoje se fizer essa reposição a margem diminui, sobra muito pouco em função dos custos. "Há quatro anos o mercado abateu muita fêmea e essa situação até hoje não foi regularizada", lembra o dirigente. Na sua opinião, a oferta limitada de animais para abate está diretamente relacionada à postura de cautela adotada pelos pecuaristas. "Há uma incerteza generalizada, ninguém sabe por que, e que também não é justificada. O mercado interno está bom, o preço da arroba para exportação aumentou em 20% e mesmo assim não está tendo boi.
Acredito que se o mercado buscar o equilíbrio, se chegar a R$ 80,00 arroba em Mato Grosso do Sul, logo essa oferta aparecerá". Quanto ao segundo semestre, Maia diz que tudo converge para um cenário positivo. "O pior já passou. Teremos a Copa, depois as eleições, quando deverá circular mais dinheiro na economia e depois já será final do ano, período em que o consumo de carnes de modo geral cresce", enfatiza o presidente da Acrissul. (VA)
FONTE: SITE DA CARNE
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