sábado, 1 de maio de 2010

BOI: melhor oferta

O mercado brasileiro de boi gordo teve um mês de abril de preços firmes, embora com alguma volatilidade no período. A estiagem prolongada em áreas produtoras do Centro-Oeste terminou contribuindo para uma melhor oferta por parte do pecuarista, enquanto os frigoríficos tentam conter novas altas com a chegada da virada de mês.
Em São Paulo, preços praticados na arroba nesse fechamento de abril ficaram em R$ 79/81,00, livre de Funrural, a prazo, contra R$ 80/81,00 de início do período. Em Mato Grosso do Sul, preços praticados para o boi gordo oscilaram entre R$ 77/78,00 arroba, livre, a prazo, contra R$ 75/78,00 de início do mês. Em Goiás, a arroba fecha o mês a R$ 78,00 livre, a prazo, contra R$ 77,00 de abertura. Em Mato Grosso, a arroba é cotada a R$ 68/73,00 contra R$ 74,00 de máxima da primeira semana.
Considerando os 12 estados pesquisados por Safras & Mercado, a arroba do boi gordo foi cotada a R$ 75,62 de média nesse final de abril (29), livre de Funrural, a prazo, contra R$ 75,98 de abertura do período. No atacado da carne bovina, os cortes casados de traseiro e dianteiro estão cotados a R$ 6,05 x 3,90 contra patamares de R$ 6,30 X 4,10 da primeira semana (01/04).
“O momento é de virada de mês com data festiva - Dia das Mães-, período de melhor momento de consumo interno da carne bovina no primeiro semestre. Mesmo sem grandes baixas no mercado físico, os investidores tentam focar uma curva de maior pressão nas cotações do boi gordo no mercado futuro antevendo a estiagem no Centro-Oeste”, comenta Paulo Molinari, analista de Safras & Mercado.
Destaca, no entanto, que se a estiagem deve pesar no perfil da oferta nesses próximos dias, a demanda será fator importante. O posicionamento das escalas de abate nos frigoríficos estará direcionado para a primeira semana de maio e na expectativa da demanda do segundo final de semana, com o Dia das Mães.
“Não há por que apontar para uma demanda fraca neste período e tão pouco para uma tendência de baixa de preços internos. Somente uma forte pressão de venda por parte dos pecuaristas poderá conter um movimento de suporte nas próximas três semanas, seja no atacado, ou no mercado de boi gordo”, comenta o analista de Safras.
No que se refere ao cenário internacional, diz que a tendência é de um segundo semestre melhor em relação ao primeiro, com o fator demanda apontando para sinais mais positivos, com reflexos nas exportações brasileiras.

FONTE: SAFRAS E MERCADO/A TRIBUNA

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