Os próximos meses não devem apresentar períodos de estiagem significativos, que possam comprometer o desenvolvimento das lavouras
O fenômeno climático “El Nino” influenciou as condições climáticas nos últimos meses e foi o responsável pelo clima favorável ao longo desta última safra de verão, principalmente no Centro-sul do Brasil. A avaliação é do meteorologista Luiz Renato Lazinski, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo ele, o “El Nino” contribuiu para que as precipitações tivessem uma distribuição mais regular e abundante, favorecendo também a ocorrência de temperaturas acima da média, no decorrer dos últimos meses, colaborando assim, para o sucesso da produtividade agrícola.
“As águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial continuam acima da média, porém, a partir de fevereiro, as temperaturas superficiais destas águas vem diminuindo gradativamente. Os prognósticos climáticos, apontam para um declínio do El Nino nos próximos meses, com tendência de uma neutralidade climática já em meados deste ano”, explica Lazinski.
Com a diminuição do El Nino, frisa o meteorologista, as precipitações devem ficar levemente abaixo da média para os próximos meses, mas com uma distribuição mais irregular. “Contudo, não devem apresentar períodos de estiagem significativos, que possam comprometer o desenvolvimento das lavouras”, esclarece.
Já no segundo semestre deste ano, com a volta de uma neutralidade climática, e os modelos climáticos de longo prazo, sinalizando com a possível volta de uma La Nina, mais para o final do ano, a tendência é de que a partir de junho as precipitações se tornem irregulares, intercalando períodos de muita chuva, com períodos maiores de pouca ou nenhuma precipitação, com possibilidade de períodos de estiagem mais prolongados.
Lazinski explica que as temperaturas que ficaram acima da média, neste verão, voltaram aos padrões normais ao longo de março. “As primeiras ondas de frio mais intensas devem chegar ao Sul do Brasil a partir de abril, e os meses de abril e maio devem apresentar temperaturas abaixo da média para a época do ano”, frisa o meteorologista. Ele explica que este ano o frio chega mais cedo ao Centro-sul do Brasil. “Com a tendência de uma neutralidade climática, ou mesmo a volta de uma La Nina para o segundo semestre, devemos observar neste inverno, períodos mais frios intercalando com alguns períodos mais quentes, em anos como este os extremos de temperatura se acentuam, tanto nas máximas como nas mínimas, com possibilidade de ocorrência de geadas tardias”, completa.
FONTE: Agrolink
Autor: Redação
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