O mercado do boi gordo segue muito firme. Encontradificuldade para comprar animais terminados, deixando as escalas curtas, principalmente em São Paulo, onde atendem algo entre 1 e 3 dias. Existe um preço referencial, mas os negócios ocorrem entre R$ 106,00 e R$ 110,00/@ à vista. São valores nominais nunca vistos anteriormente, levando a um mercado bastante esticado. O feriado da próxima semana deverá atrapalhar a programação da indústria frigorífica, uma vez que o volume de negócios tende a cair consideravelmente em dias festivos. Para piorar, a segunda-feira, apesar de ser um dia útil, não deverá mostrar grande movimentação. É uma situação complicada.
No Mato Grosso do Sul, já se ouve falar em negócios de R$ 105,00/@ à vista. De toda forma, os preços de balcão atingem R$ 101,00/@. Isso fez com que os diferenciais de base se aproximassem da normalidade com a qual costumam trabalhar. A carne continua firme e ficou assim durante praticamente todo o mês. Comportamento semelhante ao observado em agosto, quando também foi registrada forte alta para o boi gordo. De toda forma, o mercado de carnes está distorcido. Normalmente, a diferença entre o preço da arroba e o preço pago pela carcaça fica abaixo da diferença entre a arroba e a carne desossada no atacado. Entretanto, esses spreads estão invertidos há algum tempo, mostrando que o processamento reduz a margem dos frigoríficos que aplicam a tecnologia.
Na BM&F, apesar da alta fortíssima do físico, os negócios não decolaram hoje. Pouca força compradora e muita vontade de vender deram o tom ao pregão de hoje. No gráfico de 60' há divergência de IFR e estocástico, além de figuras tenebrosas, mostrando grande indefinição do mercado após um longo caminho de alta. É um momento perigoso para comprar e parece que uma realização está próxima, mas tudo pode ser desconfigurado pelo resultado do indicador de hoje.
Confira a análise completa: boi2810.pdf
Fonte: XP Agro
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