sábado, 31 de março de 2012

Gado paraense está perto de ser declarado livre de aftosa



O anúncio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) de que o Pará está apto a se tornar área livre da febre aftosa abre a porteira para o Estado elevar ainda mais as volumosas exportações, já que o rebanho paraense é responsável por 95% do gado em pé exportado pelo País. Para completar o processo, o Pará passa por novos exames sorológicos no mês de abril e, em 2013, poderá ser reconhecido internacionalmente como área livre da aftosa. O gado paraense, que já corria o mundo, agora tem novas possibilidades de exportação, o que, para a Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), é fruto das ações governamentais nas esferas federal e estadual, aliadas ao interesse dos produtores. Em território paraense está situado o quarto maior rebanho do Brasil, com cerca de 20 milhões de cabeças de gado.


As regiões do Pará ainda afetadas pela doença eram Marajó, nordeste do Estado e Baixo Amazonas, que correspondem a 25% do rebanho estadual, entre bovinos e bubalinos. A auditoria nessas localidades aconteceu entre os dias 13 e 17 de fevereiro. Na última terça-feira, 27, o Mapa divulgou o resultado mudando o status do Pará, que deixou de ser área de médio risco para área livre de febre aftosa com vacinação. 'O anúncio é de um significado imenso para o Estado. Há mais de dez anos que não temos nenhum caso da doença. Essa vitória foi uma parceria, com recursos estaduais, federais e com os produtores', ressaltou o presidente da Faepa, Carlos Xavier.

Segundo ele, cerca de 99,9% do rebanho paraense são direcionados ao chamado 'gado de corte', destinado ao abate. E, desse total, o mercado interno paraense consome apenas 25% da produção. Em função disso, há um considerável excedente de produção que precisa ser exportado. 'Temos que vender muito gado e esse anúncio incentiva muito nossas exportações. Se nós queremos vender, precisamos estar livres da febre aftosa', completou o presidente da Faepa. 'Nossas exportações de boi em pé são principalmente para Venezuela e Líbano. Já de carne, para os grandes consumidores, como Rússia, outros países da Europa e Ásia'.

Agora, o Pará dá continuidade ao processo para se concretizar como área livre da doença. Até o final de abril, haverá nova vistoria para se saber qual o nível de circulação viral no Pará. Caso não haja febre aftosa, o rebanho será reconhecido como livre da doença e, no ano que vem, deverá ser reconhecido internacionalmente pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Na vistoria do Mapa em fevereiro, o Estado evoluiu em 28 itens avaliados, em tópicos como trânsito, epidemiologia, controle de revendas, funcionamentos dos escritórios e outros. Além do Pará, os estados de Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte também foram classificados como áreas livres de aftosa com vacinação.

Fonte: O Liberal

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