quarta-feira, 23 de maio de 2012

Balanço do Mercado da Pecuária de Corte: Rússia é o principal destino das exportações



Uma análise completa dos dados das exportações de carne bovina in natura - este é o destaque do Balanço do Mercado de Pecuária de Corte desta segunda-feira.
Veja também o estudo da Fiesp, as informações do IBGE sobre abates bovinos em Minas Gerais, além dos números das exportações/importações nos EUA e os preços do boi gordo ao longo de maio.
Utilize o sumário abaixo e entre especificamente na informação desejada.
Lembrando que o objetivo deste material é levar ao produtor informações para o desenvolvimento do seu negócio e as principais notícias dos últimos dias.
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Exportação de Carne BovinaProjeção 2020IBGEPreço FísicoÚltimas Notícias
EXPORTAÇÃO
Dados apresentados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) na última quarta-feira (2) mostram que em abril deste ano as exportações de carne bovina in natura caíram 0,7%, saindo de 69,7 para 69,2 mil toneladas.
Para um mês de abril, este é o segundo menor resultado desde 2005, ficando acima apenas das 67 mil toneladas vendidas internacionalmente no mesmo período do ano passado.
A receita atingiu 342 milhões de dólares, o maior montante adquirido em 2012 e também o maior resultado histórico para as negociações praticadas em abril.
O faturamento não foi prejudicado pela queda no volume exportado porque cada tonelada foi vendida a uma média de US$ 4.957/t, maior preço praticado em 2012 e o segundo maior da história, apenas abaixo da média vista em abril de 2011 (US$ 5.076/t).
Entre janeiro e abril deste ano, os embarques internacionais de carne bovina in natura realizados pelos frigoríficos que atuam no Brasil acumularam 256 mil toneladas líquidas, menor volume desde 2004. Já o faturamento atingiu 1,255 bilhão de dólares, o segundo maior da história, abaixo apenas da receita de 2011 (US$ 1,309 bilhão).
A cotação média, também a segunda maior de todos os tempos, atingiu US$ 4.898/t.
Entre os principais destinos da carne bovina brasileira, a Rússia continua liderando, respondendo por quase 34% das vendas totais, acumulando 86,8 mil toneladas líquidas (menor resultado desde 2006).
Destaque para o Egito que entre 2011 e 2012 saltou da 7ª para a 2ª posição, triplicando as negociações, saindo de 9 mil toneladas 29,6 mil toneladas.
Em terceiro lugar, com alta de 42% entre 2011 e 2012, está a China, com as compras feitas através da sua unidade administrativa – Hong Kong, com total de 29 mil toneladas.
Na quarta posição está a Venezuela com 25,2 mil/t e logo abaixo o Chile com 19,5 mil toneladas.
São Paulo continua sendo o principal exportador de carne bovina, com embarques de 74,4 mil toneladas, mesmo liderando, a distribuição dos estados exportadores neste ranking comparativo está se equilibrando. Atualmente a participação paulista é de 29% no resultado total, 9,4 ponto percentual a menos que no ano anterior (38,4%).
O segundo colocado, com 46,7 mil/t, saiu da 3ª posição em 2011, o Estado de Goiás, atualmente com representatividade de 18,2% contra 12,7% vista anteriormente.
Já o Estado de Mato Grosso, agora na terceira posição, conseguiu enviar a outros países 40,9 mil toneladas, participação de 16%. E o MS, com 32,7 mil toneladas, segue abaixo, com participação de 12,8%.
Veja abaixo dois gráficos comparativos com as mudanças na distribuição dos frigoríficos exportadores:
Exportação, Carne Bovina, Secex, EstadosExportação, Carne Bovina 2011, Estados

Estudo Fiesp
Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) fez uma projeção detalhada a longo prazo de como ficará o agronegócio brasileiro até 2020 e os números para a pecuária são animadores.
Segundo a entidade, a produção brasileira de carne bovina deverá alcançar 11,996 milhões de toneladas em 2020, com aumento de 16,5% em relação a 2012, quando a previsão é de que a produção nacional atinja 10,3 milhões de toneladas.
Da produção de 2020, 77% será destinada ao mercado interno, que consumirá 9,281 milhões de toneladas, enquanto que as exportações somarão 2,715 milhões de toneladas.
Falando em exportação, para os próximos 10 anos é esperado um crescimento de 87,3%, saindo de 1,5 milhão em 2011 para os 2,7 milhões esperados em 2020, com isso, a participação brasileira no cenário mundial vai aumentar, de 38,6% para 43,2%.
consumo per capita ainda vai ser mantido nos próximos dez anos entre 43, 44 e 45 quilos por pessoa.
Atenção, proporcionalmente à demanda de carne bovina, os abates não apresentam crescimento satisfatório, mostrando que os próximos anos serão de um desequilíbrio ainda maior entre oferta e demanda do setor, projetando alta de apenas 9,4% entre 2012 e 2020, saindo de 41,5 para 45,4 milhões de cabeças.
rebanho bovino deve somara 227 milhões de cabeças em 2020, 11 mil cabeças a mais da estimativa 2012 (215,5 mil cabeças).

ESTUDO RURAL CENTRO – PREÇO FÍSICO
Maio está sendo marcado por uma montanha russa nos preços do boi gordo, com altas e quedas sequenciais, como mostram as informações do Cepea (Centro de Estudos e Pesquisas em Economia Aplicada).
O mês  começou com a arroba do boi gordo valendo R$ 94,96, nas vendas a prazo, subindo para 95,32 reais a arroba.
Mais dois dias de quedas seguidas e dois dias de altas consecutivas fizeram com que o boi gordo chegasse ao dia 10 de maio na casa dos R$ 94,36/@. Atualmente, o boi gordo está avaliado em R$ 94,24/@, 0,8% a menos que no primeiro dia do mês.

IBGE
O Estado de Minas Gerais ocupou em 2011 a sexta posição como Estado de maior volume deabates bovinos do país, com total de 2,07 milhões de cabeças, sendo este o menor patamar desde 2005.
Do total abatido, 1,09 milhão de unidades foram de bois, menor nível desde 2005.
mercado mineiro anotou abates de  625,9 mil vacas (também menor volume desde 2005). Além disso foram abatidos 229,7 mil novilhos, 114 mil novilhas e 9,4 mil vitelos/as.
Abates, MG
FONTE: RURAL CENTRO

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