segunda-feira, 21 de maio de 2012

Produtores do Pronaf aguardam vacinas para imunizar os animais



Produtores do Pronaf aguardam vacinas para imunizar os animais
Estância Campos da Barra vacinou o último lote de animais na manhã de sábado
A primeira etapa da campanha de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa começou no início do mês, mas até agora apenas 204 criadores do Município cadastrados no Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) conseguiram imunizar seus rebanhos. Outros mil, aproximadamente, ainda não vacinaram seus animais. Os produtores incluídos neste programa e que têm até 100 animais recebem as doses de forma gratuita da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa). E a chegada das doses atrasou. Os que procuraram a Inspetoria Veterinária e Zootécnica (IVZ) na primeira semana da campanha conseguiram vacinar o gado porque foram beneficiados com as 3 mil doses que sobraram do ano passado no Município.
Conforme a chefe da Inspetoria Veterinária, Maria Inês Pereira de Castro, os produtores foram informados, porém sempre tem alguns que não ficam sabendo e vão até a IVZ procurar a vacina. Outros se deslocam até o local para perguntar quando chega o medicamento. A chegada das doses fornecidas pelo Estado deve ocorrer esta semana, e o prazo para imunização termina no dia 31. "Vamos ter muita gente para atender em uma semana", observou Maria Inês. Nesta etapa, a vacina é destinada a bovinos e bubalinos de todas as idades. No Município, ao todo devem ser vacinados 150 mil animais, pertencentes a aproximadamente 1.550 produtores.
Particulares
Dos criadores não incluídos no Pronaf, que adquirem as doses de que necessitam por conta própria nas casas agropecuárias, em torno de 250 já apresentaram as notas de compra da vacina. Ronaldo Zechlinski de Oliveira, da Estância Campos da Barra, por exemplo, na manhã de sábado vacinou o último lote (50 reses) dos seus 1.260 animais da raça Angus. Ele destacou que é importante fazer a imunização dos rebanhos principalmente por causa da exportação. Relatou que o Brasil exporta para 180 países, é o maior exportador do mundo em toneladas de carne e em dólares (dinheiro arrecadado), e precisa manter a condição de livre de febre aftosa com vacina. "Estamos buscando o status de livre de aftosa sem vacina para conquistar mercados que pagam melhor, como o americano e o japonês. Enquanto isso, temos que continuar vacinando", frizou.
Além disso, segundo ele, os portos de Rio Grande e Belém do Pará são os únicos liberados para exportação de gado vivo e para que o porto rio-grandino continue fazendo essa exportação é preciso que o Estado se mantenha na condição de livre da doença. "Este é um mercado muito bom. A venda de gado em pé movimenta toda a economia de Rio Grande. Não é só o pecuarista que ganha, mas também o porto, caminhoneiros, peões, veterinários, fabricantes de rações, portuários, despachantes e escritórios rurais. Todos ganham", salientou.
Por Carmem Ziebell
carmem@jornalagora.com.br

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