terça-feira, 30 de outubro de 2012

Debate no Rio Grande do Sul aborda uso de tecnologias para aumentar eficiência da pecuária brasileira

Entre os pontos tratados em fórum foi o avanço da soja em áreas de criação

  • Daniela Azeredo | Santa Maria (RS)
Com um questionamento sobre o futuro da pecuária de corte, foi realizado nesta terça, dia 30, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, a 41ª etapa do Fórum Permanente do Agronegócio. O foco do evento é mostrar que é possível ter uma carne de alta qualidade, através de um sistema de aprimoramento de tecnologias produtivas para aumentar a eficiência da pecuária no Brasil.

A palestra mais esperada do Fórum foi a do professor David Riley, da Universidade do Texas, nos Estados Unidos. Ele falou sobre o melhoramento genético de características reprodutivas e como isso impacta na produção americana. O professor também abordou os critérios de seleção, as pesquisas e as tecnologias usadas para manter a qualidade da carne.

— Ele mostrou que se melhoram as características reprodutivas selecionando vacas, selecionando novilhas e aí vem um circulo vicioso. Se você não tem uma boa taxa de natalidade, você não exerce pressão de seleção nas novilhas de reposição, ou seja, precisamos alavancar a taxa de desmame, de prenhez, de natalidade. Tendo maior taxa de desmame nós teremos mais bezerras, mais novilhas para exercer poder de seleção — explica o coordenador do evento, José Fernando Lobato.

O avanço da soja em áreas de pecuária preocupa os criadores do Estado. Por isso, os participantes, na maioria empresários do setor, e produtores, tiveram oportunidade de conhecer soluções.

— Hoje (terça, dia 30) nas palestras e ontem (segunda, dia 29) no Dia de Campo estão mostrando de onde é que estão vindo os terneiros e o nosso papel é muito importante para aumentar essa rentabilidade — afirma o empresário Eduardo Monteiro.

Entre os desafios da pecuária de corte está a rentabilidade.

— Nós temos que trabalhar com uma maior taxa de lotação, melhorar os índices reprodutivos, e diminuir o período de intervalo de um parto de uma vaca para o outro — diz o diretor de marketing Angus, Luis Felipe de Moura Pinto.

Para a professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Luciana Potter, para que a pecuária de corte brasileira avance é preciso aumentar a taxa de natalidade dos terneiros.

— Com as mesmas vacas que nós mantemos hoje no Rio Grande do Sul nós podemos facilmente aumentar a produção de terneiros em 500 mil animais. Trabalhando aí, um pouco mais intensivo, podemos chegar a uma meta perto de um milhão de terneiros a mais no Estado.
FONTE: CANAL RURAL

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