quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Executivos vislumbram "Natal da carne bovina"


O alto preço da carne de frango e da carne suína tirou parte de suas competitividades em relação à bovina.
Paris (França) e São Paulo, SP, 24 de Outubro de 2012 - Os limites impostos pelo aumento da oferta de gado para abate no País à valorização dos preços da carne bovina praticados no mercado doméstico tende a estimular as vendas do produto nas festas de fim de ano, acreditam especialistas e executivos do segmento. O aumento de custos - derivado da disparada dos grãos - na avicultura e na suinocultura, que normalmente comemoram incrementos expressivos de demanda no período, provocou um encarecimento "anormal" dessas carnes e tirou parte de suas competitividades em relação à bovina.

Segundo a Jox Assessoria Agropecuária, no dia 22 o quilo do frango inteiro resfriado in natura no atacado de São Paulo saiu, em média, a R$ 3,15, ante R$ 2,63 no início de julho e R$ 2,85 no começo de janeiro. Já o quilo do traseiro bovino no atacado paulista saiu por R$ 8 no último dia 22, contra R$ 7 no início do segundo semestre e R$ 9,10 no primeiro dia útil de 2012.

Nesse contexto, Fernando Queiroz, presidente da Minerva Foods, terceiro maior frigorífico de bovinos do país, atrás de JBS e Marfrig, vem repetindo que o Brasil terá neste ano o "Natal da carne bovina", já que o produto está mais competitivo. Em rápida entrevista no Salão Internacional da Alimentação (Sial), em Paris, ele estimou que os preços dos grãos devem continuar elevados no médio prazo, o que afeta o frango.

O fato de o Natal e o Ano Novo caírem em terças-feiras também pode estimular o consumo de carne bovina, afirma James Cruden, CEO da divisão bovinos da Marfrig. Por causa disso, diz, deve haver demanda também para churrasco nos dias que antecedem as datas.
(Valor Econômico) (Redação)

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