Indústria avisa que desabastecimento será sentido já neste final de semana, por conta da greve do Indea
Mato Grosso, detentor do maior rebanho de bovinos do Brasil, mais de 29 milhões de cabeças e também líder nacional em abates, está na iminência de ficar sem carne para atender ao mercado doméstico e às exportações. O Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo/MT) avisou na tarde desta terça-feira (9/10) que a partir de hoje a maior parte das 40 plantas em atividade estará paralisando os abates por falta de animais.
A entidade acredita que o desabastecimento poderá ser sentido à mesa já neste final de semana e teme que sem produto possa haver descumprimento de contratos de exportação, penalizando o mercado externo, bem como a imagem do Estado e do país. Ainda como consequências que poderão advir da interrupção, está a imediata pressão baixista sobre a arroba negociada com o produtor e na mesma velocidade, alta sobre o quilo ao consumidor final.
Como explica o Sindifrigo, a paralisação dos abates decorre da greve dos servidores do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea/MT), retomada na última segunda-feira e que segue agora por tempo indeterminado após flexibilização de algumas semanas à espera de uma resposta do governo do Estado às reivindicações.
Desde agosto, a categoria que reclama de falta “absoluta” de condições de trabalho está mobilizada e entre as atribuições dos servidores do órgão está a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), documento obrigatório para a circulação dos bovinos, como por exemplo, de uma propriedade até o abatedouro.
“Sem GTA, a indústria fica engessada para fazer o abate de animais”, alerta o secretário-executivo Sindifrigo/MT, Jovenino Borges. Segundo ele, a partir de hoje as plantas ficam sem matéria-prima para abate e o comércio varejista inicia contagem regressiva para ficar sem o produto nas gôndolas. “O consumidor também pode ir se preparando, pois dentro de três a quatro dias ele terá que substituir a carne bovina por outro produto”, avisa Borges.
Em todo o Estado, a indústria frigorífica gera 18 mil empregos diretos e abate cerca de 17 mil cabeças por dia. Pelo menos 90% das plantas locais exportam carne para o mercado europeu e países da Lista Geral. “Com a paralisação, os contratos com a comunidade internacional deixarão de ser cumpridos e a imagem de Mato Grosso mais uma vez fica arranhada no exterior por inoperância e falta de gestão governamental no momento em que o Estado vive um ótimo momento com o trabalho de sanidade do seu rebanho”, afirma o secretário do Sindifrigo. Para ele, o setor privado não pode ser penalizado por causa da falta de estrutura do Indea/MT. “O governo do Estado precisa abrir os olhos e resolver este problema com urgência para evitar o caos”, adverte.
INDEA/MT – A diretora da regional Cuiabá do Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Agrícola Agrário e Pecuário do Estado de Mato Grosso (Sintap/MT), Oscarlina de Jesus, deixou claro mais uma vez que a paralisação tem como objetivo a obtenção de condições de trabalho. “Não queremos aumento, queremos condições. Falando na GTA, existem unidades do Indea/MT que nem toner para imprimir a Guia tem. Outras unidades estão na beira do despejo por falta de pagamento de aluguel e mais de 250 carros de uma frota de 280, estão parados e ou quebrados. Como trabalhar assim?”, argumenta. Em reunião ontem com o governador Silval Barbosa, houve o pronto comprometimento do Estado em resolver o pleito operacional. “Assim que houver o cumprimento, retomamos o trabalho”.
Ainda sobre a GTA, Oscarlina explica que o documento tem prazo de validade curto, não podendo ser “estocado”. A Guia é válida por dois ou três dias, conforme a distância a ser percorrida entre o embarque e o desembarque dos animais. “Apesar da recente retomada da greve, algumas unidades do Indea/MT já não estavam emitindo a GTA há algum tempo por falta de material de expediente e por isso acredito que tenha havido esse alerta do Sindifrigo”.
PRODUTORES – A paralisação dos servidores, por ter como motivação questões operacionais que também acabam refletindo no agronegócio estadual, tem o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato) e da Associação dos Criadores do Estado (Acrimat) que estão atuando como interlocutoras entre Indea/MT e o Estado. Por meio de nota, a Acrimat informou ao Diário que até à tarde de ontem não havia sido comunicada oficialmente sobre a greve e nem sobre a interrupção dos abates. “A Acrimat espera que haja entendimentos entre as partes antes que prejuízos sejam causados ao setor”. Por enquanto a entidade prefere não especular sobre as consequências da baixa demanda das indústrias sobre a arroba bovina. A ameaça pode comprometer o bom momento do segmento em que há menos pressão para se abater fêmeas e alta de 5,81% sobre a receita originada com as exportações de janeiro a setembro deste ano frente igual período do ano passado.
Mato Grosso, detentor do maior rebanho de bovinos do Brasil, mais de 29 milhões de cabeças e também líder nacional em abates, está na iminência de ficar sem carne para atender ao mercado doméstico e às exportações. O Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo/MT) avisou na tarde desta terça-feira (9/10) que a partir de hoje a maior parte das 40 plantas em atividade estará paralisando os abates por falta de animais.
A entidade acredita que o desabastecimento poderá ser sentido à mesa já neste final de semana e teme que sem produto possa haver descumprimento de contratos de exportação, penalizando o mercado externo, bem como a imagem do Estado e do país. Ainda como consequências que poderão advir da interrupção, está a imediata pressão baixista sobre a arroba negociada com o produtor e na mesma velocidade, alta sobre o quilo ao consumidor final.
Como explica o Sindifrigo, a paralisação dos abates decorre da greve dos servidores do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea/MT), retomada na última segunda-feira e que segue agora por tempo indeterminado após flexibilização de algumas semanas à espera de uma resposta do governo do Estado às reivindicações.
Desde agosto, a categoria que reclama de falta “absoluta” de condições de trabalho está mobilizada e entre as atribuições dos servidores do órgão está a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), documento obrigatório para a circulação dos bovinos, como por exemplo, de uma propriedade até o abatedouro.
“Sem GTA, a indústria fica engessada para fazer o abate de animais”, alerta o secretário-executivo Sindifrigo/MT, Jovenino Borges. Segundo ele, a partir de hoje as plantas ficam sem matéria-prima para abate e o comércio varejista inicia contagem regressiva para ficar sem o produto nas gôndolas. “O consumidor também pode ir se preparando, pois dentro de três a quatro dias ele terá que substituir a carne bovina por outro produto”, avisa Borges.
Em todo o Estado, a indústria frigorífica gera 18 mil empregos diretos e abate cerca de 17 mil cabeças por dia. Pelo menos 90% das plantas locais exportam carne para o mercado europeu e países da Lista Geral. “Com a paralisação, os contratos com a comunidade internacional deixarão de ser cumpridos e a imagem de Mato Grosso mais uma vez fica arranhada no exterior por inoperância e falta de gestão governamental no momento em que o Estado vive um ótimo momento com o trabalho de sanidade do seu rebanho”, afirma o secretário do Sindifrigo. Para ele, o setor privado não pode ser penalizado por causa da falta de estrutura do Indea/MT. “O governo do Estado precisa abrir os olhos e resolver este problema com urgência para evitar o caos”, adverte.
INDEA/MT – A diretora da regional Cuiabá do Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Agrícola Agrário e Pecuário do Estado de Mato Grosso (Sintap/MT), Oscarlina de Jesus, deixou claro mais uma vez que a paralisação tem como objetivo a obtenção de condições de trabalho. “Não queremos aumento, queremos condições. Falando na GTA, existem unidades do Indea/MT que nem toner para imprimir a Guia tem. Outras unidades estão na beira do despejo por falta de pagamento de aluguel e mais de 250 carros de uma frota de 280, estão parados e ou quebrados. Como trabalhar assim?”, argumenta. Em reunião ontem com o governador Silval Barbosa, houve o pronto comprometimento do Estado em resolver o pleito operacional. “Assim que houver o cumprimento, retomamos o trabalho”.
Ainda sobre a GTA, Oscarlina explica que o documento tem prazo de validade curto, não podendo ser “estocado”. A Guia é válida por dois ou três dias, conforme a distância a ser percorrida entre o embarque e o desembarque dos animais. “Apesar da recente retomada da greve, algumas unidades do Indea/MT já não estavam emitindo a GTA há algum tempo por falta de material de expediente e por isso acredito que tenha havido esse alerta do Sindifrigo”.
PRODUTORES – A paralisação dos servidores, por ter como motivação questões operacionais que também acabam refletindo no agronegócio estadual, tem o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato) e da Associação dos Criadores do Estado (Acrimat) que estão atuando como interlocutoras entre Indea/MT e o Estado. Por meio de nota, a Acrimat informou ao Diário que até à tarde de ontem não havia sido comunicada oficialmente sobre a greve e nem sobre a interrupção dos abates. “A Acrimat espera que haja entendimentos entre as partes antes que prejuízos sejam causados ao setor”. Por enquanto a entidade prefere não especular sobre as consequências da baixa demanda das indústrias sobre a arroba bovina. A ameaça pode comprometer o bom momento do segmento em que há menos pressão para se abater fêmeas e alta de 5,81% sobre a receita originada com as exportações de janeiro a setembro deste ano frente igual período do ano passado.
FONTE:Diário de Cuiabá
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