Projeção para os próximos 20 anos exigirá maior eficiência na produção de gado de corte
Gisele Loeblein
gisele.loeblein@zerohora.com.br
Tornar a pecuária de corte mais eficiente é o grande desafio dos produtores gaúchos diante do avanço de grãos, em especial da soja, para novas áreas, como a Metade Sul do Estado. Nos próximos 20 anos, a previsão é de que a pecuária perca aproximadamente 15 milhões de hectares no país para a produção de grãos.
O assunto é tema do 46ª Etapa do Fórum Permanente do Agronegócio, realizado nesta sexta-feira em Lagoa Vermelha, nos Campos de Cima da Serra, pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). Entre as necessidades, a de melhorar o índice de terneiros desmamados — atualmente, a proporção é de 56 para cada cem vacas, quando o ideal seria cerca de 80.
— A soja está avançando no Estado e a pecuária ou mostra a sua eficiência, ou perde espaço — afirma o professor do departamento de Zootecnia da UFRGS, José Fernando Piva Lobato.
Mas a pecuária pode se beneficiar desse movimento, com a utilização das áreas de lavoura de verão para a produção de pastagens de inverno e de início de primavera. A integração de lavoura com pecuária já vem produzindo resultados positivos em propriedades gaúchas.
— Culpar a lavoura não é a maneira mais correta de responder à pergunta "de onde virão os terneiros — diz o veterinário Silvio Menegassi, consultor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS), em uma referência ao tema do debate.
fonte: ZERO HORA
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