O mercado do boi gordo está firme, principalmente devido à oferta restrita. O que tem segurado um pouco o mercado é a demanda pela carne, que está fraca.
Considerando que o boi já está terminado e havendo pasto, qual a melhor escolha, vender ou permanecer com os animais, esperando preços melhores?
Para considerar o custo desta opção de maneira simplificada, utilizaremos o custo de arrendamento de pasto. Hoje, no Mato Grosso do Sul, o preço de um arrendamento é de R$13,00/cabeça/mês.
Ou seja, se neste mês que o boi for retido ele só mantiver o peso, o que é conservador, considerando o estado do pasto e as chuvas na região, teremos um boi com o mesmo peso, daqui um mês.
Um boi de 18@ hoje, na região de Campo Grande, onde a arroba vale R$73,00, a prazo, livre de imposto, é vendido por R$1314,00. Um real de valorização no preço por arroba causaria um incremento de R$18,00 no preço do animal, que já pagaria o aluguel do pasto, sobrando R$5,00 por animal, de lucro.
Mas e se o preço cair? Bom, a conta é o inverso. Mas, além de perder no valor do animal, o pecuarista perde o valor do aluguel de pasto.
Observe o comportamento dos preços entre o início de maio e o início de abril nos últimos anos, em Campo Grande - MS.
Com os preços da reposição firmes e a compra de animais jovens não estando interessante, pode-se cogitar esta hipótese.
Sempre levando em conta que existem as variáveis climáticas, cambiais e de consumo.
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