Após anos consecutivos de baixa oferta de boi, o quadro tende a virar com a maior disponibilidade de animais a partir de 2012 em razão de um movimento de retenção de matrizes iniciado em 2007. Assim, os próximos anos da pecuária demandarão atenção, sobretudo na realização de novos investimentos, pois os bois gordos resultantes desses aportes poderão ser comercializados em um ambiente de preços bem diferente do atual.
A avaliação, feita no último relatório do ano da Scot Consultoria, considera que o tamanho da procura é que será a chave da questão a partir de 2012. "Caso a demanda mundial não desabe com a crise, o Brasil terá condições de recuperar mercados", afirma o relatório.
Em média, os preços do boi gordo foram mais altos em 2011 que em 2010. Segundo relatório da Scot, o preço médio nominal do animal gordo foi 16,1% maior, no balanço fechado em 23 de dezembro. Mas no fim do ano houve desaquecimento. Entre outubro e dezembro, os preços foram menores que os do mesmo período de 2010.
Os custos também subiram. Em alguns casos, chegaram a diminuir a rentabilidade de modalidades da pecuária, como os confinamentos. Na média do ano, houve alta de 10,5% no Índice de Custo da Pecuária de corte de baixa tecnologia, segundo a Scot, e saltos de 20,3% no Índice da pecuária de alta tecnologia e de 35,3% no custo do confinamento.
FONTE: VALOR ECONOMICO
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