O presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (FARSUL), Carlos Sperotto, encaminhou, nessa quinta-feira (19/4), à presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, e aos sete ministros de Estado que integram a Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), moção de repúdio ao pedido feito pela indústria para taxar em 30% as exportações brasileiras de gado em pé. Para o presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira, “isso é uma tentativa de criar uma reserva de mercado para a indústria”.
O documento pede a intervenção dos ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel; das Relações Exteriores, Antônio Patriota; da Fazenda, Guido Mantega; da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho; do Planejamento, Miriam Melchior; do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas; e da Casa Civil, Gleise Hoffmann, para impedir “a implementação da pretensa taxação que será extremamente nociva à pecuária riograndense e brasileira”.
A moção de repúdio foi aprovada pelo Conselho de Representantes da Farsul, que representa os 137 sindicatos rurais do Rio Grande do Sul. A CAMEX deverá deliberar sobre o pedido de taxação encaminhado pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), União Nacional da Indústria e Empresas de Carne (UNIEC) e Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO) na reunião do próximo mês.
Segundo Antenor Nogueira, o pedido da indústria é um desrespeito aos produtores rurais e uma tentativa de forçar para baixo o preço do boi. “O produtor rural tem o direito de vender o boi para quem ele quiser. Se querem que os bois fiquem no Brasil, por que não pagam um preço melhor?”, questiona o presidente do Fórum. Caso a CAMEX aprove o pedido da indústria de carne, afirma Antenor Nogueira, a CNA poderá questionar na justiça a cobrança da taxa.
Assessoria de Comunicação da CNA, com informações da FARSUL
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