Depois de um período de intensa movimentação e forte elevação nos preços, gerado pelo descompasso no quadro de oferta e demanda de carne bovina, a pecuária americana vê agora uma nova confirmação de um foco de vaca louca em seu território, exatamente em um ano em que os preços do gado gordo tendem a atingir novas máximas diante dos baixos estoques bovinos, o menor em 60 anos, destaca a equipe de pecuária da Rural Business .
Os primeiros reflexos já foram vistos nesta terça-feira no mercado futuro do boi gordo transacionado pela CME (Chicago Mercantile Exchange), que desabou no decorrer da sessão, chegando a cair para o menor nível de preços em 10 meses no decorrer do pregão.
O vencimento jun/12, o de maior liquidez, acabou encerrando os trabalhos na casa de US$ 111,575 cents/lb (US$ 73,79/@), o menor nível de cotação desde que começou a ser negociado, enquanto o primeiro contrato, abr/12, caiu 2,5% na sessão, para a casa de US$ 116,80 cents/lb (US$ 77,25/@), valor não visto desde 22 de setembro do ano passado, descontando altas de 7 meses.
De acordo com o USDA (Depto. Agr. EUA), a doença foi confirmada em uma vaca de leite no estado da Califórnia, elevando para 4 o número de casos já detectados no país. Em 2004 os americanos viveram uma crise histórica por conta da doença, que gerou uma queda brusca de 82% em suas exportações, de 1,14 milhão de toneladas ao ano (equivalente carcaça) para 208,65 mil toneladas, destaca a Rural Business.
A estratégia do USDA foi minimizar o novo caso afirmando que a vaca leiteira não entrou na cadeia alimentar. Além disso, o governo busca acalmar a população e evitar uma queda de consumo, enfatizando que a doença não pode ser transmitida pelo leite.
Entretanto, para os investidores o momento é de se reduzir riscos, o que pode gerar ainda mais perdas na CME, que vinha operando com níveis recordes de preços para o boi gordo, renovando máximas para a cotação da carne bovina em todo o país.
Fonte: Rural Business
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