quinta-feira, 28 de junho de 2012

UNIEC busca enfrentar o abate clandestino de bovinos, apresenta selo de qualidade


Bob Moser

"O abate clandestino de bovinos é pior que o tráfico de drogas".

Esta afirmação foi feita por Francisco Victer, Presidente da União Nacional da Indústria da Carne (UNIEC), durante a 31ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Carne Bovina, na última segunda feira (25) no Ministério da Agricultura, em Brasília.

A UNIEC considera o mercado clandestino um dos grandes problemas do Brasil e o maior da cadeia produtiva da carne bovina. "É muito mais grave que o tráfico de drogas e deveria ser considerado crime hediondo," disse.

"Enquanto a droga é adquirida a partir de uma decisão do usuário, podendo até matar ao longo do tempo, a carne produzida clandestinamente é comercializada como produto saudável, mas dependendo do agente contaminante, mata instantaneamente."

"E não fica por aí," destacou, “além do atentado à saúde pública, roubo de gado, desmatamento ilegal, trabalho infantil e escravo, descumprimento das obrigações sanitárias e sonegação fiscal também estão intimamente ligados ao abate clandestino."

Outro ponto que também chama a atenção é o tamanho do abate clandestino no Brasil. Estima-se que mais de 30% de todo plantel que é abatido no Brasil ocorre sem inspeção oficial.

Mas, para tal, é preciso diferenciar o produto que cumpre as exigências sanitárias, socioambientais e fiscais daqueles que estão à margem da Lei.

Foi assim que a UNIEC idealizou o selo “Carne Natural” que poderá identificar a carne produzida com sustentabilidade, permitindo ao consumidor reconhecer e optar pelo produto com garantia de qualidade.

"Governos, Ministério Público e Justiça precisam integrar e ampliar as ações de combate, mas o fundamental é que a sociedade reaja firmemente contra esse mal," destacou.

Fonte: http://www.carnetec.com.br/Industry/News/Details/34115

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