A Marfrig acertou um empréstimo de R$ 350 milhões junto à Caixa Econômica Federal (CEF). O financiamento tem um prazo de pagamento de quatro anos, com dois de carência. O frigorífico deve usar o dinheiro para alongar sua dívida. Em período de silêncio, a empresa não comentou.
No fim do primeiro trimestre, a processadora de carnes possuía uma dívida líquida de R$ 8,3 bilhões – o equivalente a 4,5 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida). Desse total, pouco mais de R$ 3 bilhões venciam no curto prazo (em até um ano), montante que praticamente correspondia ao total de recursos disponível em caixa (R$ 3,32 bilhões).
Com a operação, a Marfrig ganha algum fôlego após o pagamento, no dia 15 de julho, de aproximadamente R$ 280 milhões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), referente ao cupom anual das debêntures obrigatoriamente conversíveis adquiridas pelo banco estatal em 2010. A Marfrig tentou rolar esse pagamento para julho de 2015, quando as debêntures serão trocadas por ações, mas não obteve sucesso nas negociações com o BNDES. O empréstimo reforça a estrutura de capital da companhia num momento em que a valorização do dólar sobre o real deve pesar sobre a sua dívida.
Fonte: jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint
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