segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Minerva lidera setor de dívida ao focar em bovinos


Os títulos de dívida da Minerva com vencimento em 2019 deram um retorno de 14,5% nos últimos seis meses

Boris Korby, da 
DivulgaçãMinerva
A concentração da Minerva no mercado de bovinos está dando retorno à medida que as margens do negócio aumentam
Nova York - Enquanto concorrentes diversificam seus portfólios para vender carne de porco, frango e processados, a Minerva SA concentra o foco no segmento que melhor conhece: carne bovina. A decisão está recompensando investidores de dívida em dólar da companhia, a qual apresenta os melhores retornos entre os emissores do país.
Os títulos de dívida da Minerva com vencimento em 2019 deram um retorno de 14,5 por cento nos últimos seis meses, mais do que todos os títulos de dívida corporativa brasileiros e quase o triplo do ganho de 5,3 por cento para títulos de crédito de mercados emergentes igualmente com grau especulativo, segundo dados compilados pela Bloomberg e pelo JPMorgan Chase & Co. Papéis de prazo similar da Marfrig Alimentos SA perderam 7,8 por cento no período, enquanto títulos da JBS SA ofereceram retorno de 2,8 por cento, segundo os dados.
A concentração da Minerva no mercado de bovinos está dando retorno à medida que as margens do negócio aumentam. O crescimento do gado brasileiro tem reduzido os custos locais, ao mesmo tempo em que a demanda global por carne bovina dispara e o real se desvaloriza 23 por cento, a maior queda entre os mercados emergentes, nos últimos 12 meses, eventos que fazem a receita da companhia crescer. Enquanto a Minerva tem 80 por cento de suas vendas da carne bovina, Marfrig e JBS se endividaram para se expandir nos mercados de porco e frango, diminuindo sua exposição à carne bovina.
“A Minerva continua a ser um dos meus títulos de dívida favoritos no Brasil”, disse Christina Ronac, analista de dívida de mercados emergentes na Gleacher & Co., em Nova York, em entrevista por telefone. “Eles estão focando no negócio principal. As exportações de carne devem continuar a ter um bom desempenho, à medida que a demanda global continua a crescer e a oferta cai.”
FONTE: EXAME.com

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