As exportações de carne bovina in natura brasileira registraram em outubro recorde de receita para este ano de US$485,9 milhões. O incremento foi de 23% sobre o mesmo período do ano passado e de 15% em relação a setembro, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC).
Em quantidade, as exportações também chegaram ao maior patamar do ano e atingiram 100,6 mil toneladas, alta de 34,67% sobre outubro de 2011 e de 10,67% sobre setembro deste ano.
O preço médio pago pela tonelada ficou em US$4.828,00, recuo de 4,2% ante o valor de setembro e de 8,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
De acordo com o analista da Scot Consultoria, Renato Bittencourt, o valor pago pela tonelada deixou o produto brasileiro mais competitivo no mercado. A demanda compensou a retração nos preços, o que garantiu a alta no faturamento.
Segundo dados da consultoria, a arroba brasileira está entre as mais baratas disponíveis no mercado, US$48,67/@. Perde apenas para o Paraguai, US$45,00/@, que ainda enfrenta dificuldades de escoar sua produção em razão dos casos de aftosa identificados em 2011, e a Austrália, US$46,50/@, que negocia cortes nobres.
Os meses de outubro e novembro costumam ser cruciais para a s exportações, em razão do abastecimento para as festas de final de ano e do impedimento de compras posteriores por mercados como a Rússia, devido ao fechamento dos portos daquele país.
No acumulado de janeiro a setembro, a Rússia se mantém na liderança entre os compradores do produto brasileiro com 267,7 mil toneladas equivalente carcaça, o que representa 24,8% do total adquirido, que foi de 1.08 milhão tec.
O Oriente Médio responde por 15,9%, com a aquisição de 171,3 mil tec, enquanto a União Europeia ocupa a terceira colocação, com 146,1 mil tec ou 13,5% das vendas brasileiras ao mercado externo.
Bittencourt chama atenção para o desempenho de mercados como o Chile, que responde por 5,9% das aquisições no período, e da China, que adquiriu 0,6% do total negociado. "Em 2011, os embarques para a China atingiram 3,5 mil toneladas enquanto de janeiro a setembro deste ano já somam 6,7 mil toneladas", compara.
Fonte: Portal DBO. Por Marcela Caetano
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