sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O Valor do Mercado de Créditos de Carbono


A relevância ambiental do plantio de árvores é muito maior do que o sequestro de carbono. Plantar árvores significa preservar os recursos hídricos, proteger a biodiversidade, integrar mais homem e natureza. Quem planta uma árvore não planta para si e sim para as futuras gerações.

Neste contexto de sequestro de carbono, o relatório Leveraging the Landscape: State of the Forest Carbon Markets 2012, promovido pelo Ecosystem Marketplace indica que os valores de créditos de carbono oriundos de atividades florestais teve um recorde no ano de 2011, atingindo a marca de US$ 237 milhões.

Esses projetos florestais estão relacionados à: Redução de Emissões do Desmatamento e Degradação ambiental (REDD), Aflorestamento/Reflorestamento (A/R), Melhoria do Manejo Florestal (IFM), e Uso Sustentável de Terras Agrícolas (SALM).

No mercado voluntário, o financiamento é realizado por organizações e indivíduos que querem neutralizar o impacto das emissões produzidas pelas suas atividades. Para isso, investem em projetos que têm como objetivo reduzir as emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE), por meio da compra de créditos de compensação. Estes são normalmente instrumentos financeiros negociáveis chamados Reduções Verificadas de Emissão (VERs - Verified Emission Reductions), os quais representam uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) reduzida ou deixada de ser emitida.

Para Higino Aquino, especialista em projetos de carbono florestal no mercado voluntário do Instituto Brasileiro de Florestas, a dificuldade encontrada é a falta de profissionais para elaboração de projetos: “Trata-se de uma atividade nova, as pessoas estão conhecendo agora esta modalidade de negócio”, ressalta Aquino.

Atualmente Higino ministra cursos de capacitação para empresas e profissionais que buscam implantar projetos de captação de recursos no mercado voluntário de carbono através da Restauração Florestal e REDD. O objetivo destes cursos é expor as técnicas e métodos para o desenvolvimento de projetos, desde a identificação das espécies nativas, demarcação de matrizes, coleta e processamento de sementes, produção das mudas em viveiros de tubetes, plantio e manejo de florestas destinadas ao sequestro e comércio voluntário de Carbono.

FONTE: Instituto Brasileiro de Florestas

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