A oferta de bovinos para abate deve se manter apertada pelo menos até o início de 2012. A avaliação é da AgraFNP, que revisou as projeções para a pecuária de corte. No cenário internacional, os especialistas avaliam como protecionismo disfarçado a decisão russa de embargar a carne de empresas brasileiras.
A baixa quantidade de animais para abate pressiona as cotações do boi gordo. O valor está acima do registrado antes da crise internacional. A arroba vem sendo cotada acima dos R$ 90 e deve se manter assim. A AgraFNP esperava o reequilíbrio entre oferta e demanda para o início do ano que vem, mas revisou a projeção e avalia que isso deve ocorrer só no início de 2012.
— Você tem uma necessidade de reter fêmeas para compor rebanho, e isso tem a ver com o interesse do pecuarista em reter fêmeas e investir na atividade. O pecuarista diminuiu a velocidade com que ele reteve fêmeas, e isso alonga o ciclo — explica o diretor da AgraFNP, José Vicente Ferraz.
O diretor da consultoria explica que o ciclo de produção mais longo encarece a carne brasileira. Com o câmbio desfavorável, o produto fica menos competitivo também no mercado internacional. José Vicente Ferraz comenta ainda o embargo anunciado pela Rússia a empresas brasileiras. Segundo ele, pode ser uma estratégia para os russos obterem vantagens.
— Na maioria das vezes, infelizmente, isso é protecionismo disfarçado ou elemento de barganha. Você cria dificuldades para depois negociar uma facilidade. É uma técnica de comércio. Temos que analisar isso, mas é claro que essa notícia abala a imagem e causa um efeito negativo no produto. Acredito que isso possa ser revertido, mas é um problema – avalia Ferraz.
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- FONTE: CANAL RURAL
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