Representantes das cadeias das carnes bovina, suína e de aves buscaram apoio para retomar a liderança do Rio Grande do Sul na produção brasileira. No encontro, realizado na Fiergs, nesta segunda-feira (01), cada setor falou sobre os principais problemas que causaram a redução da participação gaúcha no cenário nacional.
O presidente da entidade, Heitor Müller, defende o incentivo à formação e revitalização das agroindústrias nos municípios gaúchos. Para ele, esta é uma saída que ajuda a movimentar não só a produção, mas o comércio das regiões envolvidas.
- Para viabilizar o interior e fixar o homem do campo no seu habitat, é mais fácil instalar uma pequena agroindústria que transforme os produtos primários produzidos na região do que uma outra indústria maior. Então eu prefiro imaginar que seja mais fácil melhorar o interior, melhorar as cidades e melhorar a renda. Com isso melhora a cidade e melhora o comércio como um todo – acredita.
Pelo lado do governo do Estado, o secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, informou que as demandas das cadeias produtivas das carnes estão sendo trabalhadas nas Câmaras Setoriais instaladas para buscar entendimentos sobre os principais gargalos que envolvem a produção. Entre os principais entraves apontados estão a logística, os custos de produção e a modernização de infraestrutura.
- São todos aqueles que podem contribuir para superar obstáculos e para que a gente possa apresentar projetos para se viabilizar no ponto de vista da produção primária, da produção da indústria e da parte que também compete ao governo – avalia.
Um exemplo da perda de competitividade é a cadeia produtiva de aves, que já foi líder na produção e nas exportações, mas hoje ocupa apenas o terceiro lugar neste ranking. Segundo o presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, é preciso recursos governamentais para a modernização da estrutura dos aviários.
- Para modernizar, o governo tem que criar programas. O Plano Safra tem o Moderinfra, mas tem que acrescentar o recurso para que o avicultor acesse este recurso. É o que o Rio Grande do Sul tem que fazer antes de os investimentos irem para o Centro-Oeste do país – alerta.
FONTE: CAMPO E LAVOURA- GAUCHA
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