quarta-feira, 21 de outubro de 2015

COMO ESCOLHER O TOURO CERTO PARA A TEMPORADA?

Foi-se o tempo em que a escolha nos leilões se resumia ao maior touro da pista. Os critérios para a aquisição de reprodutores evoluíram junto com o próprio melhoramento genético da pecuária nacional, e hoje vão muito além das características fenotípicas, aquelas visíveis ao olho do comprador.
São os dados detalhados de desempenho e produtividade de cada animal que devem estar na ponta do lápis do pecuarista na hora de adquirir um touro melhorador para o rebanho. Uma escolha criteriosa e nada fácil, com mais de 100 opções de eventos durante a tradicional temporada de remates de primavera no Rio Grande do Sul. Comprar de acordo com os objetivos específicos de cada criação é o primeiro passo para o acerto.
Na Wolf Genética, de Dom Pedrito (RS), empresa com 22 anos de seleção da raça Hereford, a pressão de seleção é rigorosa para oferecer animais de ponta ao mercado. De um total de 350 machos produzidos a cada geração, somente os 150 melhores ficam no criatório, divididos em quatro lotes. Os animais com melhores índices e padrão racial mais apurado ficam nos dois primeiros, sendo que metade é usada no próprio rebanho e a outra metade vai à venda.
Em 2014, a média dos touros no Remate Wolf Genética e Pitangueira ficou em R$ 11,9 mil, entre as maiores da raça Hereford na temporada. Para este ano, foram selecionados 45 touros (mais 18 Braford do Grupo Pitangueira). Além de todos os exemplares serem registrados, 90% levam dupla marca e CEIP, o Certificado Especial de Identificação e Produção, emitido pelo MAPA.
A empresa prioriza a produção de animais rústicos e adaptados a diferentes pastagens,  com equilíbrio e consistência genética, segundo a veterinária reponsável, Patricia Wolf:
- Nossa genética é focada em resultados produtivos. Trabalhamos para ter um padrão, sabendo que dentro desse padrão há tipos diferentes, específicos para cada necessidade de criação.
TECNOLOGIA A FAVOR DA SELEÇÃO
A Wolf Genética é uma das pioneiras em terras gaúchas a utilizar a ultrassonografia para avaliação de carcaça do rebanho. Há 17 anos, a ferramenta é usada para a avaliação precisa da área do olho de lombo (AOL), relacionada à quantidade de carne e a espessura de gordura sub-cutânea (EGS) do animal – características fundamentais para a qualidade da carne.
- Além disso, há três anos estamos trabalhando com o Plano de Acasalamento Dirigido (PAD), que serve para determinar o melhor cruzamento para índices específicos, como peso ao nascimento, peso ao desmame e circunferência escrotal – reforça Patricia.
Os dados de cada animal são disponibilizados no catálogo, assim como o resultado da ultrassonografia, realizada poucos dias antes do remate.
A 14ª edição do Remate Wolf Genética e Pitangueira está marcada para o dia 23 de outubro (sexta-feira), a partir das 15h30min, no Sindicato Rural de Dom Pedrito. Os negócios estarão a cargo da Orelhano Agronegócios e Parceria Leilões, com Fábio Crespo no martelo, e a transmissão ao vivo será da Z5 Produções (www.z5tv.com.br).


Fonte: Estela Facchin

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