terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Missão européia aponta falhas graves no Sisbov

"O sistema de certificação de vocês não oferece garantias". Essa frase, proferida pelos inspetores da União Européia que visitaram o Brasil entre os dias 5 e 19 de novembro, deixou o setor pecuário brasileiro em estado de alerta. Não há possibilidade de reincorporação dos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná à área habilitada a exportar para o bloco, devido à gravidade dos problemas identificados no Serviço Nacional de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov). Já se fala em restrições maiores à carne brasileira, como a redução no número de frigoríficos aptas a exportar para o bloco e veto ao boi de confinamento. "A situação dessa vez é mesmo séria", alertou Francisco Jardim, superintendente federal da Agricultura em São Paulo, durante reunião da Câmara Setorial da Carne Bovina do Estado, no dia 29 de novembro. Segundo ele, o sistema de saúde pública foi considerado satisfatório, apesar de alguns problemas pontuais; o programa anti-aftosa ainda apresenta deficiências associadas à vacina, à sorovigilância e ao trânsito animal, mas o que realmente desagradou os europeus foi o Sisbov. Os técnicos visitaram diversas fazendas em seis Estados - São Paulo, Mato Grosso, Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais - e não pouparam críticas ao sistema, ainda contaminado pelo chamado "boi virtual", que teria sido identificado pelos europeus em um dos confinamentos de São Paulo.

FONTE: DBO

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