São 117 médicos-veterinários para vistoriar 324 estabelecimentos no Rio Grande do Sul
A defasagem de fiscais agropecuários sobrecarrega a categoria e prejudica o serviço no Estado. Atualmente, 117 médicos-veterinários se revezam na inspeção de 324 estabelecimentos, e a maioria também exerce outras atividades. Nem mesmo anúncio de concurso para a contratação de 100 novos profissionais para atuar especificamente na função ameniza a preocupação do setor pecuário e de autoridades. Visando solucionar esse cenário, 44 municípios firmaram convênios com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul, assumindo o custo pela contratação de mão de obra especializada.
Uma das explicações para o problema é o fato de se tratar de uma atividade extenuante, com carga horária que chega a 12 horas por dia, e baixa remuneração (salário básico de R$ 3 mil). Isso faz com que muitos exerçam a carreira por pouco tempo. A situação é mais grave nos abatedouros, onde normalmente o fiscal acompanha todo o processo, desde a chegada do lote de animais até a análise da carne. Os técnicos também inspecionam indústrias de laticínios, de embutidos e de produção de ovos e, com frequência, vistoriam mais de um local por dia. Não raro, viajam para cidades vizinhas a sua região de atuação.
O assunto, tema de audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa, preocupa o deputado Giovani Feltes (PMDB), que preside a comissão. "A situação está complicada e, se não houver uma reversão, a tendência é piorar", avalia Feltes. O maior temor é com o crescimento dos abates irregulares. O vice-presidente do Sindicato dos Técnicos Científicos do Estado (Sintergs) representante da categoria, Margarete Maria Iesbich, para uma correta inspeção sanitária seria necessária a presença de um fiscal por indústria. Isso garantiria inspeções mais minuciosas e beneficiaria os consumidores gaúchos. "O salário é muito baixo, e as condições de trabalho penosas. A maioria trabalha mais de oito horas por dia. O fiscal é o responsável pela qualidade do alimento que chega à mesa das pessoas", analisa. Margarete é um exemplo dessa dificuldade: foi fiscal agropecuária mas desistiu do cargo.
O diretor do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA), Eraldo Marques, admite a defasagem de pessoal na área, inclusive, avalia a qualidade do serviço como abaixo da expectativa em função disso. Porém, garante que não há estabelecimentos de portas fechadas por esse motivo. "Os que estão fechados, e são poucos, não cumpriram algumas normas", afirma. Marques acredita em um cenário mais positivo após a nomeação dos 100 profissionais via concurso público. "Não vai resolver tudo. Mas vai dar uma guinada muito positiva", projeta.
A defasagem de fiscais agropecuários sobrecarrega a categoria e prejudica o serviço no Estado. Atualmente, 117 médicos-veterinários se revezam na inspeção de 324 estabelecimentos, e a maioria também exerce outras atividades. Nem mesmo anúncio de concurso para a contratação de 100 novos profissionais para atuar especificamente na função ameniza a preocupação do setor pecuário e de autoridades. Visando solucionar esse cenário, 44 municípios firmaram convênios com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul, assumindo o custo pela contratação de mão de obra especializada.
Uma das explicações para o problema é o fato de se tratar de uma atividade extenuante, com carga horária que chega a 12 horas por dia, e baixa remuneração (salário básico de R$ 3 mil). Isso faz com que muitos exerçam a carreira por pouco tempo. A situação é mais grave nos abatedouros, onde normalmente o fiscal acompanha todo o processo, desde a chegada do lote de animais até a análise da carne. Os técnicos também inspecionam indústrias de laticínios, de embutidos e de produção de ovos e, com frequência, vistoriam mais de um local por dia. Não raro, viajam para cidades vizinhas a sua região de atuação.
O assunto, tema de audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa, preocupa o deputado Giovani Feltes (PMDB), que preside a comissão. "A situação está complicada e, se não houver uma reversão, a tendência é piorar", avalia Feltes. O maior temor é com o crescimento dos abates irregulares. O vice-presidente do Sindicato dos Técnicos Científicos do Estado (Sintergs) representante da categoria, Margarete Maria Iesbich, para uma correta inspeção sanitária seria necessária a presença de um fiscal por indústria. Isso garantiria inspeções mais minuciosas e beneficiaria os consumidores gaúchos. "O salário é muito baixo, e as condições de trabalho penosas. A maioria trabalha mais de oito horas por dia. O fiscal é o responsável pela qualidade do alimento que chega à mesa das pessoas", analisa. Margarete é um exemplo dessa dificuldade: foi fiscal agropecuária mas desistiu do cargo.
O diretor do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA), Eraldo Marques, admite a defasagem de pessoal na área, inclusive, avalia a qualidade do serviço como abaixo da expectativa em função disso. Porém, garante que não há estabelecimentos de portas fechadas por esse motivo. "Os que estão fechados, e são poucos, não cumpriram algumas normas", afirma. Marques acredita em um cenário mais positivo após a nomeação dos 100 profissionais via concurso público. "Não vai resolver tudo. Mas vai dar uma guinada muito positiva", projeta.
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