sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Menos terneiros, mais fêmeas

O efeito do avanço da soja sobre áreas de pecuária tem se refletido também nas pistas de remate do Estado. Levantamento feito pelo Sindicato dos Leiloeiros Rurais (Sindiler-RS) mostra como têm evoluído vendas e preços de terneiros, terneiras e vaquilhonas nas feiras e leilões chancelados pelas associações de raça ao longo dos últimos três anos (veja tabela). No período, a quantidade de terneiros vendida caiu 33,76%. Em contrapartida, cresceu 37,78% no caso das terneiras e 67,20% entre as vaquilhonas.
– Uma parte dessas fêmeas vai para descarte ou abate. Outra, é vendida para abrir espaço no campo para a soja – avalia Jarbas Knorr, presidente do Sindiler-RS.
Do lado do comprador, há um grande interesse na aquisição de ventres, justamente com o objetivo de produzir terneiros. De 2011 para cá houve valorização no quilo vivo do terneiro (12,53%).
A relação entre oferta e preços
no período, segundo o Sindiler-RS: 
Terneiros 
                                     2011           2012              2013 
Quantidade                51.640       40.435          34.208 
Preço do quilo (R$)     3,83            4,06               4,31 
Terneiras 
Quantidade                9.399          10.084         12.950 
Preço do quilo (R$)     3,69             3,68               3,76 

Vaquilhonas 
Quantidade                4.232              6.174             7.076 
Preço do quilo (R$)     3,37                3,44                3,85
fonte: Informe Rural ZH / Gisele Loeblein

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